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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Assasinatos de Crianças

Uma série de assassinatos de crianças foram registrados ao longo dos anos. Entretanto, o que acontece se uma criança inocente e de aparência vulnerável é o responsável pelo sequestro e assassinato em sua vizinhança?

Você acreditaria nas acusações feitas a alguém tão jovem? Poderia uma criança realmente cometer tais crimes? Estes não são crimes típicos, como roubar brinquedos de um amigo, um colega de escola ou o famoso bullying. São crimes realmente graves cometidos com muita frieza por jovens, muito jovens...
 



 10- Eric Smith 




Aos 13 anos, Eric Smith era tímido, usava óculos de lentes grossas, possuía sardas, cabelos ruivos longos e uma outra característica: Ele tinha salientes orelhas alongadas.

Acreditava-se ser um efeito colateral de remédios que sua mãe tomava para controlar sua epilepsia quando ela estava grávida.

A polícia acusou Smith de assassinato de um menino de quatro anos chamado Derrick Robie. A criança tinha sido estrangulada e pedras grandes foram jogadas sobre sua cabeça e tinha sido também abusada com um pequeno bastão. Quando perguntado por que ele fez isso, Smith não deu uma resposta que pudesse convencer.

Um psiquiatra diagnosticou Smith com transtorno explosivo intermitente, uma condição na qual uma pessoa não pode controlar a raiva interior. Smith foi condenado e foi para a prisão. Ele está na prisão há seis anos e foi negado liberdade condicional por cinco vezes. 


 9- Joshua Phillips 



O que começou como uma simples faxina, terminou com a condenação de um rapaz de 14 anos chamado Joshua Phillips. Sua mãe foi limpar seu quarto uma manhã após Phillips ter ido para a escola.

Foi quando ela percebeu uma mancha molhada debaixo da cama de seu filho e pensou que era um vazamento de cano. Ela colocou a mão debaixo da cama e sentiu algo frio.

Ligou uma lanterna que lhe mostrou o cadáver de Maddie Clifton, um vizinho de 8 anos de idade, que havia desaparecido há sete dias.

Pessoas da comunidade, especialmente pais do menino, mal podiam acreditar que ele poderia ter matado Clifton. Phillips inclusive, foi um dos vizinhos que se ofereceram para procurar a menina desaparecida.

Como ele era menor de 16, Phillips não foi classificado para a pena de morte. Ele foi condenado e sentenciado à prisão perpétua, sem possibilidade de libertação. Phillips não disse quais foram seus motivos para matar Clifton.

Ele disse que acidentalmente atingiu-a nos olhos com um taco de baseball, e depois arrastou-a para o quarto onde ele esfaqueou-a, mas o júri não se convenceu sua história. 


 8- George Stinney 


Em 16 de junho de 1944, os Estados Unidos estabeleceu um recorde quando executou George Stinney (14 anos), a pessoa mais jovem a ser legalmente executada nos EUA durante o século XX.

George foi condenado pelo assassinato de duas meninas. Betty Binnicker (11) e Maria Emma Thames (8) que foram encontradas em um buraco cheio de lama.

As meninas sofreram fraturas graves em seus crânios, infligidos por uma barra de ferro encontrada a alguma distância. George confessou o crime e disse que queria fazer sexo com Betty, mas acabou matando as meninas.

Ele foi julgado e condenado à morte na cadeira elétrica. O caso não foi objeto de recurso porque sua família não tinha dinheiro para pagar por uma continuação do processo. 


 7- Lionel Tate 


O que poderia ser apenas uma jogo normal na TV levou à morte uma menina de seis anos chamada Tiffany Eunick. Kathleen Grossett-Tate era a babá de Tiffany e trouxe-a para sua casa uma noite.

Ela deixou Tiffany com seu filho Lionel de 14 anos, para assistir a televisão e subiu para o andar de cima . Por volta das 10:00 da noite ela gritou com os dois para ficarem quietos, mais não foi verificar porque de tanto barulho, pensando que eles estavam apenas brincando.

Quarenta e cinco minutos depois, Lionel chamou por sua mãe e disse-lhe que a menina não estava respirando. Ele explicou que ela havia batido a cabeça sobre a mesa. A polícia foi chamada e um médico legista informou que a causa da morte foi devido a uma pisada forte que dilacerou o fígado de Tiffany.

Além disso, os especialistas atestaram que a menina sofreu um traumatismo craniano, fraturas nas costelas, inchaço no cérebro causados por um espancamento que durou mais ou menos 5 minutos, e também foram constatados 35 outras lesões.

Tate mudou sua declaração mais tarde e disse que ele saltou sobre ela a partir da escada. Tate foi condenado a prisão em regime fechado, sem liberdade condicional em 2001, mas sua sentença foi anulada com base que não foi concedida uma audiência para avaliação mental nem antes ou durante o julgamento. Ele foi solto em 2004 com 10 anos de liberdade condicional ". 


 6- Barry Dale Loukaitis 


Em 2 de fevereiro de 1996, a Frontier Middle School foi devastada por vários tiros que ocorreu numa aula de álgebra. Ele tirou a vida de três pessoas (dois alunos e um professor) e causou uma lesão grave em um aluno. O acusado era um menino de 14 anos chamado Barry Loukaitis Dale, que teve pensamentos loucos antes do tiroteio. Barry estava vestido de preto como um pistoleiro do Velho Oeste e armado com um rifle calibre 30, uma pistola calibre 357 e uma pistola calibre 25, que pertencia a seu pai. Os estudantes foram mantidos reféns por 10 minutos antes de um professor de ginástica dominar o menino.

Acreditava-se que, além de um histórico de doenças mentais e problemas disfuncionais em sua família, Barry foi influenciado pela música do Pearl Jam e o vídeo "Jeremy". O vídeo mostra um jovem problemático que comete suicídio na frente de seus colegas e professor. Também foi relatado que ele disse: "Esta álgebra está certa não é?" Quando viu seus colegas em pânico. Esta é uma citação de um romance de Stephen King em que o protagonista mata dois professores e mantêm reféns na aula de álgebra. Barry está cumprindo duas penas de prisão perpétua, com um adicional de 205 anos de prisão. 


 5- Craig Price 


Joan Heaton (39), junto com suas duas filhas, Jennifer (10) e Melissa (8), foram encontrados sem vida, encharcados de sangue e brutalmente assassinados em sua casa em 4 de setembro de 1989. Eles foram esfaqueados tão ferozmente que a faca quebrou no pescoço de Melissa. A polícia informou que Joan tinha cerca de 60 facadas, enquanto as meninas tinham cerca de 30.

As autoridades acreditam que um roubo foi o principal motivo do suspeito ter entrado na casa. A faca utilizada foi da cozinha dos Heaton e as mulheres tinham, possivelmente, pego o suspeito em flagrante e lutaram contra ele. Acreditava-se também que o ladrão deveria ser alguém da vizinhança de Heaton, e que teria obtido um corte ou ferida na mão, devido à força e o número de vezes que as vítimas foram esfaqueadas.

Craig foi flagrado pela polícia com um curativo em sua mão, mas disse que havia quebrado a janela de um carro. A polícia não acreditou em sua história. Eles investigaram-no e depois foi encontrado uma faca, luvas e outros itens com sangue quando vasculharam o quarto de Craig. Ele admitiu o crime e um outro assassinato que tinha ocorrido no bairro há dois anos. As autoridades já suspeitavam dele neste assassinato porque foi semelhante ao Heaton e tinha começado como roubo.Craig foi julgado e condenado antes de seu aniversário de 16 anos, e ainda está na cadeia.


 4- Graham Young 


Em uma determinada idade, Graham Young era fascinado por química, particularmente por venenos e seus efeitos sobre as pessoas. Seu interesse era sempre idolatrar assassinos como o Dr. Hawley Crippen, Palmer William, Adolf Hitler e outros. Young começou suas experiências com venenos quando tinha 14 anos.

Ele normalmente mentia sobre sua idade e explicava para o vendedor que precisava comprar o veneno para um trabalho escolar de química e assim pudesse comprar os produtos químicos que precisava. Sua família e amigos foram suas vítimas. Seu pai, ao adoecer, inicialmente pensou que a doença era causada por algum tipo de vírus. Em seguida, a "aparente doença" atingiu sua esposa e filha. Todos sofriam de vômitos contínuos, diarréia e dores de estômago. Em 1962, a mãe da madrasta de Young morreu de envenenamento.


Uma vez ele se tornou uma vítima de seu próprio veneno quando ele comeu um alimento em que ele havia colocado veneno.Young foi preso quando seu professor investigou sua carteira uma noite depois da aula, com a suspeita sobre as experiências de Young . O professor descobriu venenos, notícias sobre prisioneiros famosos, e desenhos de pessoas morrendo.

Estas revelações levaram o professor a chamar a polícia. Young foi enviado a um clínica de segurança máxima, mas isso não o impediu de envenenar o pessoal do hospital e colegas de cela (um dos quais morreu). Seu conhecimento era tão amplo que poderia extrair cianeto de folhas de um arbusto de louro.

Young foi solto quando tinha 23 anos e foi morar com sua irmã. E continuou envenenando suas vítimas que na maioria das vezes eram colegas de trabalho. Young foi enviado de volta para a prisão e acabou morrendo lá mesmo. 


 3- Jesse Pomeroy 


Jesse Pomeroy, nascido em 29 de novembro de 1959, em Charlestown, Massachusetts, foi citado como o mais jovem condenado por assassinato, em primeiro grau, na história de Commonwealth of Massachusetts. Pomeroy começou seus atos cruéis contra crianças, quando ele tinha 11 anos.

Ele havia pegado e prendido sete crianças em um local escondido onde ele usava uma gravata para torturá-los, usando também uma faca ou espetando pinos em sua pele. Ele foi capturado e enviado para um reformatório, onde ele deveria ficar até que ele tivesse 21 anos, mas foi solto depois de um ano e meio por bom comportamento.

Depois de três anos, ele havia mudado de mal a pior. Ele seqüestrou e matou uma menina de 10 anos de idade, chamada Katie Curran, e também foi acusado do assassinato de um menino de quatro anos, cujo corpo foi encontrado mutilado em Dorchester Bay.

Embora haja uma falta de evidências que podem ligar conclusivamente a Pomeroy a morte do menino, ele foi condenado pela morte de Katie, quando a polícia encontrou o corpo no porão da loja de roupas da mãe de Pomeroy. Ele foi condenado à prisão perpétua, e cumpria a pena em isolamento total. Morreu de causas naturais na idade de 72 anos. 


 2- Jon Venables e Robert Thompson 


A mãe de James Bulger de apenas 2 anos deixou-o esperando-a na porta do açougue aonde fazia compras porque não levaria muito tempo para retornar já que não havia fila no açougue. Mal ela sabia que seria sua última vez que ela iria ver o filho vivo.

Jon e Robert, que estavam no mesmo shopping que os Bulgers, estavam participando de suas atividades habituais: ficar pulando, passear na lojas, roubando as mercadorias quando os vendedores viravam as costas, e subindo em cadeiras nos restaurantes, até que eram expulsos. Os meninos então viram James e tiveram a idéia de pegá-lo e empurrá-lo para cima de um veículo.

Foi relatado que os meninos já haviam tido uma tentativa semelhante anterior com um menino antes de James, que falhou porque a mãe percebeu o desaparecimento do filho e encontrou-o antes que pudessem levá-lo para fora.

Durante sua caminhada de três quilômetros, os meninos de 10 anos de idade deram socos e chutes em James. Alguns dos atos foram vistos por transeuntes que ignoraram a cena, pensando que eles eram apenas dois irmãos mais velhos, que não sabiam como cuidar de seu irmão mais novo.

Jon e Robert James trouxeram-no para a estrada de ferro local, onde jogaram tinta no olho esquerdo do menino, atiraram pedras contra ele, espancavam-no com tijolos, e bateram na cabeça com uma barra de ferro. Eles também o agrediram sexualmente e colocaram o seu corpo sobre a estrada de ferro, cobrindo a cabeça com tijolos pensando que ele já estivesse morto. Foi relatado que James morreu pouco antes de um trem atingí-lo. 

 1- Mary Bell 


Brian Howe foi encontrado morto e coberto com mato, dias depois da morte de Martin Brown, que morreu de asfixia. Seu cabelo foi cortado, marcas de punção foram encontrados em suas coxas, e a pele dos seus órgãos genitais foram parcialmente retirados. Além destas marcas e lesões, uma letra "M" tinha sido impresso em seu estômago. Este era originalmente um "N", mas Mary acrescentou uma linha para torná-la como uma "M." O menino de três anos de idade, tinha sido estrangulado até a morte. Quando a investigação começou, Mary Bell confessou os crimes.

Ela pensou por um longo tempo que seu pai era Billy Bell, um criminoso local, que tinha sido preso por assalto à mão armada, mas seu pai biológico é desconhecido até hoje. Mary afirmava que sua mãe, Betty, que era uma prostituta, a forçava a praticar atos sexuais com homens, que eram clientes particulares de sua mãe com a idade de quatro anos.

Mary foi presa após seu julgamento, mais era muito jovem para ser ficar em uma prisão e muito perigosa para ser mantido em um hospital psiquiátrico ou uma instituição que abrigasse crianças perturbadas. Sua mãe por várias vezes vendia informações da história de Maria à imprensa no momento do julgamento e condenação da filha. Maria tinha apenas 11 anos na época. Ela foi solta depois de 23 anos.

Vampirismo



A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro. 

Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros. 

 Agora vamos tentar entender melhor esse assunto:

Diz ter surgido toda essa história de vampiro nas histórias bíblicas, onde Caim foi amaldiçoado por Deus, e ficou sem rumo sofrendo por séculos até chegar numa cidade chamada "enoque" (coincidência com o livro de enoque?) , lá teve filhos, criando assim mais seres amaldiçoados, onde surgiu o dilúvio, que na mente de caim foi um castigo por criar mais seres igualmente a ele, e por esse pensamento não reconstruiu a cidade, mesmo sendo Rei, e dai comandou por muitos anos e bla bla bla....

Ao que interessa, e o que vivem perguntando :

Esse negócio de super poderes, imortalidade, levitação, transformações,....não existe, a não ser que você queira. O que eu posso lhes dizer, é que existem rituais vampirísticos, de pessoas que bebem sangue, com aparência obscura, entre outros aspectos normalmente relacionadas ao luciferianismo, satanismo, magia, etc...(mas nem sempre é assim) os chamados "vampiros espirituais, tem o poder de roubar energia, entre variações de manipulação, podendo sentir, advinhar seu sentimento, tira-lo, muda-lo, ve-lo, entre todas essas práticas espirituais. No termo vampiro é motivo de riso para muitos, e uma sombra de dúvidas na cabeça. No mundo há organizações vampirísticas, por exemplo a AVA (Atlanta Vampire Alliance - aliança de vampiros de atlanta) organização dos EUA, que fazem seus rituais, nos quais os vampiros são espirituais, e não toda essa sua imaginação de monstro com sangue.

Uma observação minha:  Nós temos a mania de distorcer as coisas, e acomodá-las criandos histórias. Antigamente, alguém mordendo alguém era vampirismo, mas isso não seria canibalismo? há uma doença em que a pessoa tem sede de sangue, na qual mataria a si mesma tomando seu próprio sangue, inclusive tem um filme que mostra isso, chamado "insatiable" se não me engano, de acordo com o que sei é ensasiável a tradução. Vendo e conhecendo coisas do tipo, causa inspiração para a criação de lendas e filmes de "Hollywood" (sempre quis citar essa palavra ).

Teorias vampirísticas (modernas é claro) :

“O Sonho Cheio Tem Poder.
Os poderes do corpo astral são responsáveis pela maioria das coisas que os mortais chamam de magia.
O Vampiro utilizará dos seus rituais mágicos para fortalecer o corpo astral, satisfazer a sua vida livrar-se de obstáculos, bem como também para firmar o compromisso dele com a sua Família de Vampiro.

“Os Poderes do Sonho São Cinco.
Ver com olhos astrais é clarividência, divinação. Sentir com toque astral é psicometria , o sexto sentido.
Ouvir com ouvidos astrais é clairiaudiência . Mover o físico no astral é telepresença .
Falar com a voz astral é telepatia e dominação mental.


“O Sonhador é Conhecido Pela Mente.”
O Vampiro é uma ilusão mental às sensações do mortal. Não há nenhuma forma física bruta para ver ou tocar.
Há só a projecção do corpo do sonho do Vampiro na mente da presa mortal.

“O Sonhador não Morre Adormecido.”
O mortal não tem recursos para destruir o Vampiro de acordo com as superstições da tradição. Uma estaca física de madeira pelo coração astral do Vampiro não causa nenhum dano.
Nenhum alho nem símbolos religiosos como crucifixos causam qualquer resposta no Vampiro a menos que o Vampiro acredite que tal pratica é potente.
Em tal caso, qualquer dor ou deformação do corpo astral é produzido só pela mente do Vampiro.
A menos que o Vampiro acredite que ele verdadeiramente está morrendo (e isso pode até conduzir eventualmente a uma morte astral), o Vampiro é incólume por tal aventura.


Alguns termos vampíricos:

Cabal :
Grupo secreto / comunidade, de vampiros.

Camarilla:
A maior fracção de vampiros, organiza os seus clãs e faz valer as tradições. Sete clãs formam actualmente a Camarilla, mas na teoria qualquer vampiro independente pode requerer a sua filiação.
A Camarilla está espalhada pelo mundo inteiro e controla diversos acontecimentos da vida vampirica.

COVICA:
Comunidade internacional vampírica ( Council of Vampyric International Community Affairs ).

Despertar ( Awakening ) :
Quando a pessoa desperta para a sua natureza vampírica. Ocorrem mudanças psíquicas e espirituais. Hiper sensibilidade a ruídos ou a odores, os sentidos físicos ficam mais aguçados, sensações como insónia ou enxaqueca ocorrem. Intuição, telepatica, vidência mais proeminentes. Etc…

Elorath :
Os deuses não mortos, espíritos astrais vampíricos. Alguns dizem que o termo deriva da linguagem Atlante, da palavra “El-or-ath” (espírito vampírico ).

Golconda:
É um estado de espírito que muitos vampiro tentam alcançar. Ao conseguirem alcançar o Golconda, o vampiro controla o seu instinto e contêm a Besta, tornado-se menos suscetível à Fome e aos pecados da vida vampirica.
Um vampiro só consegue obter o Golconda através do remorso, do arrependimento e da completa aceitação da sua condição de amaldiçoado.
Muitas lendas dizem que, uma vez alcançado o Golconda, um vampiro pode efectuar um ritual secreto para poder se tornar num mortal novamente.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Lindos Vampiros :p

Oie Gente,td bem??
Bom,nesta postagem vai ter os lindos vampiros...
Pensei em fazer essa nova postagem,porque senão um blog que só fala de vampirismo,rituais,moda e outras coisas antigas de vampiros,fica meio sem graça né??

Confiram:

Louis,do filme Entrevista com um Vampiro (Brad Pitt)

Carlisle,do filme A saga Crepúsculo (Peter Facinelle)



James,do filme A saga Crepúsculo (Cam Gigandet)
Edward,do filme A saga Crepúsculo (Robert Pattinson)

Damon Salvatore,do seriado The Vampire Diaries (Ian Somerhalder)
Stefan Salvatore,do seriado The Vampire Diaries (Paul Wesley)

Emmett Cullen,do filme A saga Crepúsculo (Kellan Lutz)



Lestat,do filme Entrevista com um Vampiro (Tom Cruise)

Jasper,do filme A saga Crepúsculo (Jackson Rathbone)


Tyler,do seriado The Vampire Diaries (Michael Trevino)

Klaus,do seriado The Vampire Diaries (Joshep Morgan)


Espero que gostem Bjoss..¦

Invocação de um Vampiro

 
Invocação de um Vampiro...
Ele é um pouco parecido com o ritual da Temple of the Vampire...
Em primeiro lugar você deve procurar em obras antigas saber um pouco mais sobre os espíritos que irá envocar... E você deve ter em mente que, o fato de você fazer uma evocação e o espírito chamado não aparecer, não quer dizer que ele não esteja lá...
Primeiramente marque um dia em que você achar melhor para fazer o ritual e até lá se prepare abstendo-se de sexo e carnes... por no mínimo uns três dias...


Segunda Parte
No dia marcado, levante cedo e vá dar uma volta... pense bastante em sua decisão, a decisão de chamar um vampiro para te transformar... Pense bem, pois uma vez executado o ritual , não há mais volta... e um dia, mais cedo ou mais tarde... Você será totalmente transformado...
Mas, o que importa é que no dia marcado, num horário em que ninguém possa te atrapalhar, de preferência à meia-noite, vá a um lugar deserto... uma mata é o ideal...
Trace um círculo no chão com giz, você pode se utilizar de qualquer panteão para fazer o ritual, o mais importante são a sua vontade e o espírito a ser chamado...
De preferência, após completar o círculo, faça um ritual de banimento qualquer... como o Ritual menor do pentagrama ou o Rubi Estrela...
Terceira Parte:
Feito o círculo e o ritual de banimento, sente-se e concentre-se... e utilizando de uma fórmula que lhe agrade envoque o espírito... ordene que o mesmo apareça. Como eu disse antes, se ele não aparecer, não se preocupe... ele estará ao seu lado quando for chamado... procure senti-lo próximo a você...
Neste momento expresse o seu desejo em palavras claras e objetivas...
Fique um momento meditando sobre o seu pedido... e se achar que deve... faça um pequeno corte em sua mão... e ofereça ao espírito...
Encerre o ritual e dispense o espírito agradecendo por ele ter atendido ao seu chamado...
Já disse, você pode e deve encerrar o ritual da forma que mais lhe agrada... só estou dando aqui os passos básicos, pois quem fará o ritual na verdade é você...
Os nomes a serem chamados,
Esses são os nomes a serem chamados pelo evocador...
VASSAGO



ORNIAS



LILITH



ASTAROTH



Os nomes acima são só alguns dos demônios que também são vampiros, existem muitos outros, mas cabe a você descobri-los e chamá-los...
Mas... lembre-se... uma vez tendo realizado a evocação, coisas começarão a acontecer...
Talvez você seja surpreendido no meio da noite por pesadelos, aparições estranhas... Se coisas desse tipo ou outras coisas estranhas começarem a acontecer com você, como você se sentir sempre sendo observado, por exemplo... então significa que o espírito atendeu ao seu chamado e iniciou a transformação....
Você também pode tentar fixar um contato com um vampiro de verdade já transformado, para que ele mesmo o guie em seu despertar, e isso pode ser feita de várias maneiras...

Rituais Vampirismo

Um Trabalho de Auto-Criação -
Este ritual é baseado em certas tradições de Magia Negra da Romênia, que,segundo a lenda, haveriam sido legadas aos seguidores de Vlad Dracul, que as teria recebido do Príncipe das Trevas. Diz a lenda que Vlad, um Cristão revoltado contra as mentiras da Igreja, escolheu identificar-se com o Diabo. Este ritual se baseia nas conexões entre vampiros e o Príncipe das Trevas.



O "Self" na tradição dos Vampiros

O conceito de "Self" nas tradições vampirescas é geralmente o de " não-morto", com suas conotações de imortalidade e Segredo da vida e morte. Vampiros freqüentemente possuem poderes físicos e mentais supra-normais, além de um certo gosto ecêntrico.

A imortalidade é freqüentemente confundida com a recusa de morrer. O Vampiro/Magista escolhe viver completa e intensamente esta vida, e não permitir que a sua consciência se desintegre após a sua morte física. Esta sobrevivência da consciência não depende de símbolos mágicos, nomes ou participação em diversos rituais. Depende apenas do reconhecimento do próprio "Self" e da vontade de continuar a existir, o que ou onde quer que seja.

O Sangue é muito importante nas tradições de Vampiros. Hoje, é visto como simbólico. Por exemplo, a Ordem do Vampiro, do Templo de Set, não vê significado no consumo ou no escorrimento de sangue.



O sangue simboliza "Vida". O Mago Negro Vampiro é, portanto, visto como um magista que deseja e pratica a mais alta Vida, enquanto reconhece as energias da Besta interior - as energias primevas da Licantropia e da

mutação, que formam outro aspecto da magia dos Vampiros.



O ritual que se segue simboliza um despertar solitário e isolado para um estado Vampiresco, e uma auto-iniciação ao Caminho da Mão-Esquerda. É um ritual que pode ser adaptado ou alterado conforme as circunstâncias ou a inspiração de cada um. Como em todo ritual mágico, cada um deve assumir seu próprio risco, já sabendo que uma prática como esta não é adequada aos instáveis ou imaturos.

0 - Preparatio

Robe negro.
Vela negra.
Sino.

Cálice com líquido avermelhado.
Um local em que você não seja perturbado. Uma câmara escura, ou pintada ou

coberta em preto ou similar (ex: azul muito escuro). Ou uma floresta

afastada. A escolha é sua.

Vestimenta: o ideal é o robe negro. A idéia é que você se torne o próprio

modelo de vampiro que existe na sua mente. Preste atenção em cada um dos

seus sentidos: perfume, vestimenta, música, oferendas.

Dê nove badaladas no sino. Nove, nas tradições de Magia Negra, simboliza a

evolução dinâmica até a perfeição.

Acenda a chama negra.

I - Invocatio

"Nesta noite negra, eu me torno um Vampiro: um mestre da vida e da morte. Eu acendo a Chama Negra em honra ao Príncipe das Trevas, e me torno o Vampiro que minha mente cria, ardendo em paixões na perseguição de tudo o que eu desejo. Eu abandono as restrições do Caminho da Mão Direita, e com Vontade eu me dedico a controlar o meu próprio destino. Eu agora encaro os testes e as tribulações do Caminho da Mão Esquerda!

Eu me encho de Poder com a Essência do Vampiro: ser invisível, mesmo sob o dia escaldante; saber quando ser silencioso, e quando orar; saber explorar por completo minha psiche! Eu me desfaço desta maldição! Eu, o Vampiro (__nome__,) percorro o Caminho da Mão Esquerda, e a minha Vontade é impenetrável! Eu honro o Sangue, que é a minha Vida, e me torno mais do que fumaça e sombras. Abram-se os Portais do Inferno! Diante da nobre presença do Senhor Negro, eu proclamo o Juramento que me torna um Vampiro, juro ser verdadeiro para com meu próprio Ser e meu Caminho escolhido Salve, Vampiro! Salve, Senhor das Trevas!"

II - Graal Nigrum

O Cálice é o Graal Negro, ou a Taça Herética: a que é sempre buscada, mas raramente encontrada. O Graal deve estar cheio de líquido vermelho, simbolizando o sangue, como suco de tomate, frutas vermelhas ou vinho (mas NÃO sangue). Sangria é um ótimo elixir! Enquanto bebe o elixir, visualize-se apoderando-se dos Poderes das Trevas. Você está comungando da sua própria essência e do Vampiro que é parte da divindade que há em seu interior.

III - Fechando os Portais do Inferno

Feche o ritual tocando novamente o sino, nove vezes.

IV - O despertar

Agora, iniciado nos mistérios dos Vampiros, você pode ver o mundo com olhos diferentes. Após o primeiro ritual, você poderá ter algumas intuições sobre a natureza dessa magia e do seu controle sobre ela, e de como moldar o seu destino. Contudo, alguma prática pode ser necessária.

Algumas pessoas podem apenas se sentir tolas, por estarem se prestando a essa tarefa, ou mesmo entediadas. Para essas pessoas, desejamos uma vida feliz e temos certeza de que terão a vida que merecem.

Vampiros de ´´Verdade´´

PLOGOJOWITZ




Um dos mais famosos vampiros históricos, Peter Plogojowitz morou em Kisolova, uma pequena vila na Sérvia ocupada pelos austríacos. Área oficialmente incorporada à província da Hungria. Kisolova não ficava muito longe de Medgevia, a terra de Arnold Paul, outro famoso vampiro cujoo caso ocorreu naquela mesma época. Plogojowitz morreu em Setembro de 1728, aos 62 anos. Três dias mais tarde, no meio da noite, entrou na sua casa, pediu comida a seu filho, comeu e saiu. Duas noites mais tarde reapareceu e novamente pediu comida. O filho recusou-se a atendê-lo e foi encontrado morto no dia seguinte. Logo depois, diversos moradores da vila ficaram doentes, com fadiga, diagnosticada como excessiva perda de sangue. Relataram que, num sonho, tinham sido visitadas por Plogojowitz, que os tinha mordido no pescoço, sugando-lhes o sangue. Nove pessoas morreram misteriosamente dessa estranha doença na semana seguinte.



O principal magistrado enviou um relatório das mortes ao comandante das forças imperiais, e o comandante respondeu com uma visita à vila. Os túmulos de todos os recém falecidos foram abertos. O corpo de Plogojowitz continua um enigma — parecia estar num transe e respirava suavemente. Seus olhos estavam abertos, suas carnes estavam roliças e sua compleição corada. Seu cabelo e suas unhas pareciam ter crescido e pele fresca foi encontrada bem abaixo da epiderme. Mais importante, sua boca estava manchada com sangue fresco.



O comandante concluiu de pronto que Plogojowitz era um vampiro. O executor que foi a Kisolova com o comandante enfiou uma estaca no corpo de Plogojowitz. O sangue espirrou das feridas e dos orifícios corporais. O corpo foi em seguida queimado. Nenhum dos outros corpos apresentava sinal de vampirismo. Para protegê-los e aos moradores, alho foi colocado nas sepulturas e os corpos devolvidos às valas.



A história foi relatada pelo Marquês d'Argens em seu Lettres Juives, que foi protamente traduzido para o inglês em 1729. Embora não tão conhecidos quanto os incidentes que começaram com Paul Arnold, o caso Plogojowitz se tornou uma pedra fundamental para a controvérsia do vampiro na década de 1730.



PAOLE



Arnold Paul (ou Paole) foi assunto de um dos mais famosos casos de vampiro do século XVIII. Chegou em meio a uma onda presumível de ataques de vampiro que infernizaram a Europa central no fim do século XVII até meados do século seguinte. Esses casos de um modo geral, e o de Paul, em particular, foram a principal causa do reavivado interesse pelos vampiros na Inglaterra e na França no início do século XIX. Paul nasceu no início da década de 1700 em Medvegia, ao norte de Belgrado, numa área da Sérvia então pertencente ao Império Austríaco. Serviu no exército, no que era chamado de "Sérvia Turca", e na primavera de 1727 voltou para a sua cidade natal. Paul comprou diversos hectares de terra e se estabeleceu como agricultor. Foi assediado por uma jovem de uma fazenda vizinha, da qual ficou noivo. Paul era conhecido por ser uma pessoa honesta e de boa índole, sendo bem recebido pelo povo da cidade em seu retorno. Entretanto, notou que uma certa tristeza permeava sua personalidade.



Paul finalmente disse a sua noiva que seu problema era oriundo dos dias de guerra. Na Sérvia Turca, tinha sido visitado e atacado por um vampiro. No final, matou o vampiro seguindo-o até seu cemitério. Também comeu um pouco da terra do túmulo do vampiro e cuidou de seus ferimentos com sangue do vampiro para se livrar dos efeitos do ataque. Uma semana depois de ter contado sua história, Paul foi vítima de um acidente fatal, e foi enterrado em seguida.



Algumas pessoas após seu sepultamento, vieram à tona relatos da aparição de Paul. Quatro pessoas que tinham feito os relatos morreram e o pânico se espalhou pela comunidade. Seus líderes decidiram agir para amenizar o pânico, desenterrando o corpo para determinar se Paul era ou não um vampiro. O túmulo foi aberto no quarto dia após seu enterro. Dois cirurgiões militares estavam presentes quando a tampa do caixão foi removida. Encontraram um corpo que parecia ter sido recém-enterrado. O que parecia ser pele nova estava presente sob uma camada de pele morta e as unhas continuavam a crescer. O corpo foi perfurado e o sangue jorrou. Os presentes acharam que Paul era um vampiro. Seu corpo foi empalado, ouvindo-se um forte gemido. Foi decapitado e cremado. O caso teria terminado ali, mas não foi o que aconteceu. As quatro outras pessoas que tinham morrido foram tratadas da mesma forma para que não reaparecessem como vampiros.



Em 1731, na mesma área, cerca de 17 pessoas morreram, com sintomas de vampirismo num período de três meses. Os moradores não agiram prontamente, até que uma menina se queixou que um homem chamado Milo, que tinha falecido recentemente, a atacara no meio da noite. Notícias dessa segunda onda de vampirismo chegaram à Viena e o imperador austríaco instaurou um inquérito a ser conduzido pelo cirurgião do Regimento de Campo Johannes Fluckinger. Nomeado em 12 de Dezembro, Fluckinger se encaminhou para Medgevia e começou a colher informações do que tinha ocorrido. O corpo de Milo foi desenterrado, descobrindo-se que estava num estado similar ao de Arnold Paul. O corpo foi então empalado e cremado. Como é possível que o vampirismo, erradicado em 1727, tivesse voltado? Foi determinado que Paul tinha "vampirizado" diversas vacas das quais os mortos mais recentes tinham se alimentado. Sob as ordens de Fluckinger, os moradores passaram a desenterrar todos que tinham morrido nos meses recentes. Foram desenterrados quarenta, dezassete dos quais estavam num estado de preservação igual ao do corpo de Paul. Foram todos empalados e cremados.



Fluckinger preparou um relatório completo de suas actividades e apresentou-o ao imperador no início de 1732. Seu relatório foi publicado a seguir e tornou-se um best-seller. Em Março de 1932, relatos de Paul e dos vampiros de Medgevia circularam nos periódicos da França e da Inglaterra. Em virtude da natureza bem documentada do caso, tornou-se o foco de estudos e reflexões futuras sobre vampiros, e Arnol Paul tornou-se o mais famoso vampiro da época. O caso de Paul foi muito influente nas conclusões a que chegaram tanto Dom Augustim Calmet e Giuseppe Davanzati, dois estudiosos católicos que escreveram livros sobre o vampirismo em meados daquele século.







ELIZABETH BATHORY



Nascida em 1560 era considerada uma das mulheres mais belas da altura. Poderia ser, mas a sua aparência exterior não revelava muito da sua aparência interior.

Elizabeth era uma sanguinária por natureza e há quem diga que assim o era devido a traumas de infância (não consegui apurar se era verdade ou mentira).

Casou muito nova, apenas com o conde Ferencz Nadasdy de quem teve três filhos.

O conde era uma guerreiro conhecido e respeitado e como tal estava constantemente em guerras fora do seu castelo e da sua terra.

Aproveitando tal facto e talvez por se sentir sozinha, Elizabeth começou então a buscar prazeres noutros lados.

As influências foram surgindo da parte da sua tia, uma lésbica muito conhecida na altura e a partir daí, Elizabeth começou a partilhar o mesmo gosto por esse tipo de aventuras. Participava em várias orgias organizadas pela sua tia.

Recebeu também muitas influências da parte de criados seus que praticavam as artes da magia negra.

Uma visita pela sua vida...

A história da vida de Elizabeth começa na antiga fronteira entre a Roménia e a Hungria no castelo Ecsed, onde a família Bathory estava instalada na Transilvânia.

Em 1560, George Bathory (de descendência Ecsed) e Anna Bathory (de descendência Somlyo) tiveram uma filha, Elizabeth, fruto de um casamento entre duas nobres mas decadentes famílias húngaras.

A família Bathory era uma das mais ricas e poderosas famílias protestantes em toda a Hungria.

Nela existiam dois dos mais importantes príncipes reinantes na Transilvânia, um vasto número de heróis de guerra, oficiais da igreja na Hungria e até mesmo um grande construtor de impérios, Stephen Bathory, príncipe da Transilvânia e rei da Polónia.

A prática comum da procriação consanguínea não resultou em nada positivo mas apenas para esta ilustre família.

Para além destes nobres a família Bathory era constituída por mais pessoas de um foro não tão nobre.

Elizabeth tinha um tio que era supostamente agarrado aos rituais e adoração em honra de Satanás, uma tia, (de quem já falámos), Klara Bathory, conhecida como lésbica e bissexual que se divertia a torturar criados e ainda um irmão, Stephan, conhecido pela sua fama de bêbado e libertino.

Passemos então a alguma informação sobre a condessa, apresentando um incidente acontecido durante a sua infância e que nos pode esclarecer acerca das suas atitudes:

Não se sabe bem quando, mas imagina-se que esta cena se passou entre os seis e os onze anos de Elizabeth, quando um grupo de ciganos foi chamado ao castelo de Ecsed (na altura sua casa) para divertir a corte.

Durante a estadia dos ciganos no castelo um deles foi acusado de vender crianças aos turcos.

Foi levado a julgamento, considerado culpado e sentenciado à morte.

Elizabeth lembrava-se do choro do cigano durante a noite, lamentando a sua sentença e isso deve tê-la impressionado. De madrugada, Elizabeth escapou à vigilância da sua ama e correu para fora do castelo para ver a punição.

Aí viu um cavalo no chão, moribundo, e alguns soldados a abrirem-lhe a barriga. Três dos soldados então agarraram no cigano e puseram-no dentro da barriga do cavalo, deixando-o apenas com a cabeça de fora e seguidamente coseram a barriga novamente com uma agulha e linha.

Contudo o relato do nosso querido historiador, Aman, filho de Lilith, neto de Sammael é o seguinte:

Aos nove anos de idade, um grupo de rebeldes atacou o seu castelo. A maior parte deste foi destruída e muitas das pessoas que lá viviam foram torturadas, violadas e posteriormente mortas.

Elizabeth e as suas duas irmãs Anichka e Shandra foram levadas para se esconderem na floresta pelas suas amas.

Elizabeth encontrou refúgio numa árvore, mas as suas irmãs foram encontradas e torturadas até à morte e Elizabeth não teve outra escolha senão ver as suas irmãs e aias a serem violadas e mortas.

Mais tarde encontrou o caminho para casa e viu os assassinos sentados na mesa, com o seu líder, Dozsa, sentado numa cadeira de ferro, com fogo no fundo da mesma e ele estava a ser cozinhado. Os outros assassinos foram obrigados a comer a carne cozinhada do seu líder. Parece que alguns não se importaram muito, talvez porque tinham fome na altura... Foram depois mortos.

Esta punição foi infligida neles quando foram apanhados e o tio de Elizabeth pronunciou a sentença. O castelo foi restaurado, mas ninguém pôde preencher o vazio causado pela perda das irmãs e pai de Elizabeth.

Estes e mais alguns incidentes durante a sua infância, influenciaram na sua ideia do que seria um comportamento correcto e conceitos de moralidade.

Ao contrário de muitas mulheres da altura, Elizabeth foi muito bem educada e a sua inteligência ultrapassava até mesmo a de muitos homens da altura. Ela era excepcional, tornou-se fluente em húngaro, latim e alemão quando a maior parte dos nobres húngaros nem sequer sabiam escrever. Até mesmo o príncipe regente da Transilvânia nesse tempo tinha pouca educação.

Alguns professores modernos e contemporâneos dizem que embora ela fosse louca e capaz de fazer inúmeras atrocidades, era também uma pessoa com pleno controlo das suas faculdades.

O seu futuro marido

Em 1555, Ferenc Nadasdy nasce no seio de uma família que por direito de nobreza era tão prestigiosa quanto a dos Bathory, mas não era nem tão rica nem tão antiga.

A educação de Ferenc foi meticulosamente documentada pela sua mãe, Ursula, viúva, durante o período entre 1567 e 1569 altura em que ele andava na escola de Vienna.

Estes documentos comprovam que Ferenc não era um bom estudante. Mal aprendeu a escrever húngaro e a escrever e ler um pouco de alemão e latim.

Ferenc desenvolveu-se como um atleta e pouco mais.

Embora tivesse adquirido pouca educação académica era certamente popular entre os seus colegas. Em 1571, graças às cuidadosas manipulações de sua mãe, Ferenc ficou noivo de Elizabeth aos 16 anos, quando esta tinha apenas 11 anos de idade.

O casamento

Ferenc casou com Elizabeth a 8 de Maio de 1575 num acontecimento de gala onde o Santo Imperador Romano Maximian II foi convidado a estar. Sabe-se que ele não pôde ir devido a viagens, mas enviou uma delegação para o representar e um caro presente de casamento.

O casamento, que juntou as duas proeminentes famílias protestantes realizou-se no castelo Varanno, onde o jovem Conde Ferenc Nadasdy juntou o nome da condessa ao seu. Mas Elizabeth, naquela altura já emancipada, escolheu permanecer uma Bathory a ficar apenas com o nome dela, já que o seu nome era mais antigo e mais ilustre que o dele.

Ferenc escolheu a guerra como carreira e já não permanecia muito em casa, deixando assim Elizabeth no castelo Sarvar reinando e especialmente disciplinando os criados. A Condessa levava essa disciplina a um ponto considerado hoje sadismo.

Bater nas criadas com um cacete era a menor das suas punições, de acordo com os relatos.

Frequentemente ela espetava alfinetes na parte superior e inferior dos lábios das raparigas...na sua carne...e debaixo das unhas.

Uma punição particularmente dura era arrastar as raparigas para a neve, fora do castelo, onde ela ou as suas aias despejavam água fria nelas até morrerem congeladas.

Durante os primeiros 10 anos de casamento, Elizabeth e Fernenc não tiveram filhos já que estavam muito pouco tempo juntos, pois ele estava muito empenhado na sua carreira, mas por volta de 1585, Elizabeth deu à luz uma rapariga que chamou de Anna. Nos nove anos seguintes deu à luz Ursula e Katherina e em 1598 nasceu o seu primeiro filho, Paul.

A julgar pelas cartas que ela escreveu a parentes, Elizabeth era uma boa mãe e esposa, o que não era de surpreender visto que os nobres costumavam tratar a sua família imediata de maneira muito diferente dos criados mais baixos e classes de camponeses.

Uma das coisas que Elizabeth fazia para se divertir durante a ausência do conde (que ia para as guerras) era visitar a sua tia Klara, a tal bissexual assumida de que já falámos.

Rica e poderosa, Klara tinha sempre muitas raparigas disponíveis.

Sendo assim, Elizabeth divertia-se muito nas suas visitas à tia, dado que a visitava com muita frequência. Enquanto isso, Ferenc criava um grande nome para si próprio. Em meados de 1598, Ferenc era um conhecido herói de guerra: era um de cinco heróis conhecidos como o quinteto profano que inspirava o terror nos turcos. Os turcos até mesmo o coroaram com uma popular alcunha para indicar o medo por ele. Chamaram-no de "Cavaleiro Negro da Hungria". Devido a esta alcunha chamou a atenção de Damagon filho de Baal neto Sammael este o enfrentou em combate mas durante o duelo, viu a imagem de Elizabeth, deixando-se assim ser morto pelo conde. O conde voltou para casa sendo seguido por Damagon, que ansiava em conhecer a condessa.

Durante essa mesma altura, a coroa começou a ter problemas por causa do pagamento aos seus heróis e acabou por ganhar uma enorme dívida monetária à família Nadasdy, de quem Elizabeth agora fazia parte.

Quando Damagon, viu a condessa, amou a, e deste modo nunca, ficava muito tempo longe dela. Através das suas manipulações consegui fazer com que fosse apresentado a Elizabeth como um mago vindo do oriente. Elizabeth jamais tinha visto um homem como ele, tal como ela, ele falava varias línguas e seu conhecimento não tinha paralelo. Ela se enamorou por ele, e escreveu e a sua tia descrever este ser.

No final de 1603, Ferenc ficou doente subitamente e acabou por morrer na manhã de 4 de Janeiro de 1604, quando uma forte nevada caiu no castelo Servar.

Nunca se chegou a saber se Ferenc tinha conhecimento das actividades homicidas da sua mulher, mas sabe-se que durante o tempo que estava em casa também gostava de torturar os criados. Quando Ferenc permanecia em casa durante as raras tréguas com os turcos, juntava-se a Elizabeth e planeavam métodos de tortura, mas não chegava ao ponto de matar os próprios criados como Elizabeth fazia.

Apenas quatro semanas depois da morte do seu marido em 1604, Elizabeth decidiu que já tinha lamentado a morte dele o suficiente e depressa se apressou a fazer aparições na corte.



A evidência mostra que o seu comportamento sádico começou em força depois da morte do seu marido e indica que nenhuma das testemunhas no julgamento mencionou o facto da Condessa se banhar em sangue.

Uma possível justificação sobre o medo do envelhecimento demonstrado pela Condessa.

Uma antiga lenda diz que em certa altura enquanto passeava com um jovem cavalheiro, Elizabeth foi verbalmente abusiva para uma senhora idosa, pois esta achou que o aspecto da senhora era repulsivo. A senhora respondeu: "Cuidado, ó vaidosa, em breve ficarás como eu e depois, o que farás?"

Elizabeth responde-lhe, “se conhecesses as leis do mundo, jamais envelhecias, humana idiota, eu serei eternamente jovem e bela.”

A prática sanguinária de Elizabeth começou quando um dia a condessa se apercebeu, que Damagon não envelhecia e lhe perguntou qual era seu segredo. Este desejava-lhe revelar, mas não cria que ela se assusta-se, por isso disse lhe apenas que o sangue era vida. Embora pareça que ela nunca tomou banho em sangue de raparigas, vários relatos mostram que ela as torturava de tal maneira que ficava ensopada no seu sangue e tinha que trocar de roupa antes de poder prosseguir. Apenas numa das ocasiões ela pensou que se o seu corpo fosse coberto de sangue, ele se poderia tornar incorruptível foi a única vez que ela realizou um banho de sangue.

Elizabeth poderia ter continuado com esta moda de torturar criados até à morte, à sua vontade e indefinidamente, porque até os clérigos naquele tempo consentiam que os nobres tratassem os seus criados da maneira que quisessem, por mais cruel que essa fosse e legalmente não diziam nada.

Acompanhando a Condessa nestas acções macabras estavam um servo chamado apenas de Ficzko, Helena Jo, a ama dos seus filhos, Dorothea Szentos (também chamada de Dorka) e Katarina Beneczky, uma lavadeira que a condessa acolheu mais tarde na sua sanguinária carreira.

Entre os anos de 1604 e 1610 uma misteriosa mulher de nome Anna Darvulia, que provavelmente era amante de Elizabeth, juntou-se a ela e ensinou-lhe novas técnicas de tortura. Passou a ser uma das mais activas sádicas nas manhas de Elizabeth.

Depois de um severo golpe, que a deixou cega, Darvulia deixou o seu trabalho a Elizabeth, Helena Jo e Dorka, certa de que as tinhas ensinado bem.

Completamente em pânico, algumas raparigas tentaram em vão escapar-se do castelo, embora se saiba que uma pouca minoria o conseguiu. Aquelas que escapavam, eram logo encontradas e punidas da seguinte maneira relatada:

"...uma rapariga de 12 anos chamada Pola conseguiu escapar do castelo, mas Dorka, ajudada por Helena Jo, apanhou a assustada rapariga de surpresa e levou-a à força para o castelo de Csejthe.

A Condessa recebeu a rapariga no seu retorno. Estava furiosa, novamente. Avançou para a rapariga e forçou-a a entrar numa espécie de jaula. Esta jaula foi construída com a forma de uma grande bola, demasiado estreita para ser possível uma pessoa sentar-se e demasiado baixa para se poder permanecer em pé.

Uma vez posta a rapariga lá dentro a jaula era erguida por uma roldana e dezenas de espigões ressaltavam de dentro dela.

Pola tentou não ser apanhada pelos espigões, mas Ficzko manuseou as cordas de modo a que a jaula oscilasse para os lados. A carne de Pola ficou desfeita.

Com a morte de Darvulia, na altura em que Elizabeth atingiu os seus 40 anos, esta tornou-se ainda mais descuidada.

Era Darvulia que se certificava que as vítimas seriam apenas camponesas e que nenhuma rapariga da nobreza era levada, mas com a sua morte e também com as dúvidas das camponesas acerca das maravilhas do castelo Csejthe, Elizabeth começou então a escolher raparigas da baixa nobreza. Sentindo-se sozinha, a Condessa juntou-se à viúva de um fazendeiro da cidade vizinha de Miava. O nome dela era Erzsi Majorova.

Aparentemente foi ela que encorajou Elizabeth a ir atrás de raparigas de berço nobre para além de continuar a sua busca entre as camponesas.

As atrocidades de Elizabeth continuaram:

Um cúmplice seu testemunhou que em alguns dias Elizabeth deitava raparigas nuas no chão do seu quarto e torturava-as de tal maneira que o chão ficava inundado de sangue.

Elizabeth teve de pedir aos criados que trouxessem um tapete para tapar as piscinas de sangue.

Uma jovem aia que não conseguiu aguentar as torturas e morreu muito rapidamente foi comentada da seguinte maneira no diário da Condessa: "Ela era muito pequena..."

Elizabeth chegou a um ponto na sua vida em que ficou muito doente e não conseguia levantar-se da sua cama nem arranjar forças para torturar as suas criadas. Ordenou então que lhe fosse trazida uma das suas jovens criadas.

Dorothea Szentes, uma rude mulher camponesa arrastou uma das criadas jovens de Elizabeth para o seu lado e segurou-a aí.

Elizabeth ergueu-se da sua cama e tal como um cão raivoso, abriu a boca e mordeu a rapariga na face. Depois seguiu para os ombros onde rasgou um pedaço de carne com os dentes.

Depois disso, Elizabeth mordeu os seios da rapariga.

Elizabeth deixou de ser cuidadosa em providenciar enterros cristãos, feitos pelo pastor protestante do local, pelo menos inicialmente.

Depois de algum tempo, o pastor recusou-se a prosseguir com estes ritos, pois haviam demasiadas raparigas mortas por causas desconhecidas e misteriosas, mas sempre levadas a cabo por Elizabeth.

Ela ameaçou-o então para que ele não revelasse os seus actos e continuou a ter os corpos enterrados secretamente.

Mais perto do fim, os corpos começaram a ser deixados em locais perigosos (nos campos junto ao castelo, na horta perto da cozinha, etc.)

Estas acções contribuíram muito para a descoberta dos seus crimes.



Ao longo do seu reinado como "Condessa Sangrenta", depois da morte do seu marido, outro dos seus propósitos foi fazer com que o rei húngaro, Mathias II repusesse as dívidas que tinha ao seu falecido marido Ferenc, de modo a que ela pudesse continuar com a sua vida sem preocupações.

O rei não pagou essas dívidas e Elizabeth teve de vender dois castelos pertencentes à sua família nos arredores da Transilvânia.

Estas acções chamaram a atenção do primo de Elizabeth, o conde Thurzo.

O conde, reconhecendo o perigo deste procedimento, reuniu o resto do clã Bathory e planeou mandar exilar Elizabeth num convento onde iria findar os seus dias.

Os planos do conde Thurzo para conseguir salvar a família foram interrompidos quando:

- no Inverno de 1610, Elizabeth achou que a sua posição social era intocável perante a lei, desde que os seus criados lançassem raparigas mortas das muralhas do castelo para um sítio descampado onde existiam lobos vorazes. Mas, esta cena foi vista pelos habitantes da vila de Csejthe, que informaram os oficiais do rei.

O rei e os altos oficiais da igreja forçaram o conde Thurzo a agir, e ele assim o fez, apenas quis fazer as coisas de modo a proteger os interesses da família Bathory.

O ataque foi planeado para ser realizado no feriado de Natal, enquanto o Parlamento Húngaro não estava reunido.

A 29 de Setembro de 1610 foi efectuado o ataque ao castelo Csejthe.

Não houve necessidade de fazer um ataque nocturno e de surpresa, pois ao longo dos anos, as evidências dos crimes de Elizabeth foram-se acumulando. Sorte deles se tivesse sido de noite, provavelmente nenhum teria sobrevivido.

Quando o grupo de ataque chegou à mansão senhorial de Elizabeth, encontraram um corpo de uma criada espancada antes de entrarem.

Elizabeth e os seus cúmplices não se tinham preocupado em enterrar o corpo.

Dentro da casa, os nobres deparara-se ainda com os corpos de mais duas raparigas, pelos vistos muito marcadas pelas torturas e uma delas encontrava-se ainda viva.

Na carta que escreveu à sua mulher, o conde Thurzo disse:

"Tomei a mulher Nadasdy em custódia, ela foi imediatamente levada para a sua fortaleza...Irá ser bem vigiada e mantida em forte aprisionada até Deus e a lei decidirem acerca dela...Esperarei apenas até que a mulher acusada seja levada para a fortaleza e se instale num quarto próprio para ela."

O conde Thurzo não esperou por Deus e a lei, pois decidiu secretamente que Elizabeth não devia ser levada a tribunal, mas sim sentenciada a permanecer presa no seu castelo Csejthe.

Os julgamentos em 2 e 7 de Janeiro de 1611 foram feitos apenas para satisfazer um acto oficial.

Durante os procedimentos, os testemunhos dos seus cúmplices, Ficzko, Dorka, Katharina Beneczky e Helena Jo (Erzi Majorova foi julgada muito mais tarde porque desapareceu) foram ouvidos.

É importante salientar que as quatro testemunhas mencionaram apenas entre 30 e 60 mortes, mas uma quinta testemunha, ouvida no dia 7 de Janeiro, revelou a peça do puzzle que faltava.

O testemunho mais surpreendente veio de uma mulher, identificada apenas como "senhora Zusanna", não tendo sido mencionado o seu último nome.

Depois de descrever as torturas feitas por Helena Jo, Dorothea e Ficzko...e de ter pedido um atenuante para Katarina Beneczky, Zusanna revelou então a evidência mais chocante deste julgamento: uma lista ou registo que se encontrava num cesto de desenhos, feito pela Condessa onde a própria revelava o número de raparigas mortas até então. Foram 650.

Os criados foram considerados culpados e as suas penas deliberadas da seguinte maneira:

- Em primeiro lugar, Helena Jo, seguida por Dorothea Szentes, as então chamadas de culpadas do grande crime, foram condenadas a: os seus dedos (aqueles que usaram como instrumentos de tortura e na carnificina e ainda por onde pingou o sangue de cristãs) seriam arrancados pelo executor público com uma pinça incandescente. Depois disso os seus corpos deveriam ser atirados vivos para o fogo.

- Ficzko foi decapitado, o seu corpo, exangue, juntar-se-ia ao dos seus cúmplices e seria queimado. Apenas Katharina Beneczky escapou à sentença de morte.

Mais tarde, a 24 de Janeiro de 1611, Erzsi Majorova foi encontrada, considerada culpada e executada. Apenas Elizabeth não foi trazida perante o tribunal e julgada, graças a uma carta escrita pela sua poderosa família e graças às maquinações do conde Thurzo.

A sentença de Elizabeth foi proferida pelo próprio conde Thurzo:

"Tu, Elizabeth, és como um animal" - disse ele - "estás nos últimos meses da tua vida. Não mereces respirar o ar nesta terra, nem ver a luz do Senhor. Irás desaparecer deste mundo e nunca mais irás aparecer. As sombras irão encobrir-te e terás tempo para te arrependeres da tua brutal vida. Condeno-te, Senhora de Csejthe, a seres aprisionada perpetuamente no teu próprio castelo."

Trabalhadores foram chamados para tapar as janelas de cima a baixo com tijolos e a porta do quarto de Elizabeth no castelo de Csejthe onde ela passaria o resto da sua vida. Existiria apenas um pequeno orifício por onde passaria a comida e ainda algumas fendas para a ventilação.

Adicionalmente, quatro forcas foram construídas nos quatro cantos do castelo para demonstrar aos camponeses que justiça havia sido feita.

Em 31 de Julho de 1614, Elizabeth pronunciou a sua última vontade e testamento a dois padres catedráticos da diocese de Esztergon.

Ela desejou que todos os bens que restassem da sua família fossem divididos igualmente pelas suas filhas, o seu filho Paul e seus descendentes.



Durante o período em que esteve fechada, Damagon, a visitou diariamente. Quando ela estava prestes a morrer de doença, este lhe revelou o segredo da sua beleza. Ele era um maldito, um ser condenado a caminhar para toda eternidade por este mundo. E transformou-a numa maldita, mal o sangue entrou em sua boca, devolveu-lhe a beleza perdida.

Em Agosto do ano de 1614 um dos carcereiros da Condessa quis vê-la, pois era sabido que ela tinha sido uma das mulheres mais bonitas da Hungria.

Espreitando através da pequena abertura na sua cela de paredes, ele viu a Condessa deitada no chão.

Elizabeth Bathory estava morta aos 54 anos.



Eu Seigrefrid, filho de Odin, neto de Toth, a encontrei em Luzia, a cerca de três anos, andava a procura de Damagon, ao que tudo indica ele tinha sido destruído 1812, mas ela não sabia disso. É sem duvida um ser belo, tinha o cabelo, pintado de castanho, com uma repa branca. Agora não sei onde ela se encontra, penso que esteja com Ramsés, filho de Horus, neto de Osíris, eles sempre se deram muito bem.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Aspecto Físico de um Vampiro


Nesse post,eu vou colocar a "possível" anatomia de um vampiro (aspecto físico de um vampiro).Está descrita meio que de forma narrativa,como um verdadeiro vampiro escrevendo,hehe...Mas ta ai!

Levado pelo lado mais sério do vampirismo,não tem muita lógica o que está escrito ai (quase nenhuma)...porém os que tem certeza da existência dos vampiros,levam bem a fundo essas possibilidades anatômicas de um vampiro! Vale a pena ler,é pouca coisa até,bem resumido...

Boa leitura :)



Pele - Com as células e corpúsculos mortos, nossa pele adquire uma cor incrivelmente branca e fria, xatamente como a dos cadáveres, a não ser que tenhamos nos alimentado a pouco tempo, hora em que ela adquire um tom rosado e um calor mais humano devido a passagem do sangue pelos seus tecidos. Sem células de defesa ficamos incrivelmente vulneráveis a radiação emitida pelo sol ou às chamas de um fogo. Fazendo com que se algum destes atinjam nosso corpo espalhem-se rapidamente, assim como faria numa folha seca, ou num corpo ligeiramente umedecido por álcool.
Olhos - Nossos olhos parecem se clarear e refletir luz quando estamos vampirizados, isso acontece porque somos criaturas extremamente noturnas, e quando vampirizados, precisamos de uma adaptação melhor para ver melhor no escuro, ou seja, nossos olhos absorvem muito mais a luz, por isso parecem ser bastante claros e estranhos.
Unhas - Nossas unhas têm uma textura parecida com o vidro, mas de extrema resistência, é muito difícil quebrá-las. Eu poderia compará-las com as unhas de felinos.


Órgãos - Devido a não-utilização dos órgãos eles se atrofiam. O mesmo acontece com músculos que não recebem sangue diretamente. Isso faz com que os vampiros não apresentem muito porte físico, por mais fortes que sejam. O único órgão que permanece praticamente inalterado é o coração, motivo pelo qual será explicado mais tarde.
Cabelos - Os cabelos permanecem exatamente iguais a como eles eram antes do abraço (antes de tornar-se vampiro). Se cortado, o cabelo crescerá de novo até atingir o tamanho e a forma inicial (esse processo não é instantâneo: demora horas e horas, às vezes até dias).

Dentes - Os dentes permanecem inalterados, exceto pelos caninos que podem ser projetados para fora e se tornarem grandes quando uma certa quantia de sangue é enviada para essa região. Isso ocorre para permitir a perfuração de veias e artérias pelas quais o vampiro se alimentará.


Alimentação - O único alimento necessário e permitido para a nossa sobrevivência é o sangue. É preciso de sangue para qualquer simples movimento. Por exemplo, se eu desejo movimentar um dedo, preciso movimentar uma parte do sangue para o dedo. Todo sangue pode ser movimentado devido a bombeamentos do coração (que continua a trabalhar, mas só que de forma voluntária. O vampiro controla quando e como quer que seu coração bombeie o sangue. O coração só sofre verdadeiras contrações para ações que realmente exerçam grande trabalho físico e/ou mental. Para a maioria dos movimentos eações o coração nem ao menos parece se mover). O sangue não se propaga pelo corpo através de veias e artérias, como no corpo mortal, ele se propaga por um processo de Osmose, no qual vai se espalhando internamente, de acordo com os pulsos emitidos pelo coração.
Aparelho Respiratório - Vampiros definitivamente não respiram, a não ser que queiram, pois estão mortos. E mesmo que queiram respirar precisam de uma certa habilidade.
Aparelho Digestivo - O aparelho digestivo dos vampiros não funciona. O único alimento que não possui rejeição nos nossos corpos é o sangue, todo o resto ocorre da seguinte forma: A ingestão de qualquer tipo de liquido, que não seja sangue causa um mal estar terrível ao vampiro e é expelido através do suor ou de lágrimas. Se bebido em grandes quantidades, o liquido é vomitado pelo vampiro. Sólidos comidos, em geral, causam um péssimo estar no vampiro e são vomitados, juntamente com bastante sangue.
Sistema Imunológico - Vampiros são imunes a qualquer tipo de doença mortal. Nota: Correm boatos de doenças vampíricas que chegam até a induzir a vítima a morte. E também correm boatos de que algumas doenças mortais, como o Ebola, por exemplo, podem chegar a matar, mesmo que indiretamente, porque faz com que a vítima expila todo o sangue.
Regeneração - O vampiro pode regenerar-se rapidamente de qualquer ferimento bombeando sangue para o local. Por Ter o sangue super forte e concentrado, as plaquetas agem milhões de vezes mais rápido que nos humanos. O vampiro só não pode se regenerar de queimaduras solares ou por fogo porque o sangue fica bastante aquecido quando queimado e perde temporariamente suas propriedades até que abaixe a sua temperatura.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Filmes de Vampiros:

Muita gente pensa  que Nosferatu foi o primeiro filme do gênero. Isso não é verdade. Antes dele houveram outros – na verdade muitos outros, a maioria pouco digna de menção. O primeiro filme sobre vampiros foi Vampire of the Coast (1909), na época em que o cinema era ainda bem jovem – e mudo. O filme foi lançado apenas 12 anos após Bram Stoker ter publicado sua obra prima, Drácula, e foi seguido por uma explosão de filmes do gênero. Alguns, de fato, ganharam certa notoriedade, como os curtas-metragens The Vampire (1913), com Alice Hollister e The Vampire’s Trail, que ficaram famosos por terem sido dirigidos por Robert G. Vignola. Outros destaques são Vampires of the Night (1914) e The Kiss of a Vampire (1916).


Porém foi só em 1922 que a coisa realmente engrossou. No auge do expressionismo alemão, o diretor F. W. Murnau deu uma aula de cinema ao criar o mais cultuado (e considerado por muitos o melhor) filme do gênero de todos os tempos. Nosferatu (1922) foi uma adaptação fiel ao romance de Stoker, porém uma vez que a produção não conseguiu os direitos sobre o texto original, mudou os nomes dos personagens. Assim, o vampiro central é chamado de Conde Orlok, uma figura assustadora que representa a própria encarnação do mal, interpretada com perfeição por Max Schreck. Nosferatu assustou plateias do mundo inteiro e tornou-se a obra prima de Murnau que entregou outros bons filmes de terror como Phantom (1922) e Fausto (1927) antes de sua prematura morte em 1931, que interrompeu sua prolífica produção.





No final da década de 1970, o diretor Werner Herzog resolveu refilmar o clássico original, transportando a atmosfera expressionista para um clima mais contemporâneo. Execrado desde o início de sua empreitada por macular o que era perfeito, Herzog surpreendeu a todos os críticos quando entregou um filme sensacional, que se não superava o original, ao menos fazia juízo a ele. Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979) trazia Klaus Kinski no papel principal e de quebra uma jovem Isabelle Adjani como Lucy.


Porém a saga do vampiro careca não acabou aí. Em 2000, uma ideia originalíssima fez nascer o enigmático A Sombra do Vampiro (2000). Dirigido por E. Elias Merhige, autor do cultuadíssimo Begotten (comumente citado como um dos filmes mais chocantes já produzidos), e com um elenco capitaneado pelas presenças inspiradas de John Malkovich e William Dafoe, o filme parte de uma premissa nascida de uma lenda do mundo do cinema, a que o Nosferatu do longa original de 1922 não era um ator, mas sim um vampiro de verdade. Em A Sombra do Vampiro, o diretor Murnau (Malkovich) faz um pacto com o vampiro (Dafoe) para que este atue em seu filme, com a promessa de poder tomar o sangue da atriz principal ao término das filmagens. É evidente que o vampiro não pode ser controlado e a situação logo começa a se complicar.


O primeiro filme de relevância produzido nos EUA veio quase uma década depois do Nosferatu de 1922. O Universal Studios produziu a primeira adaptação do romance de Stoker, Drácula (1931), com Bela Lugosi no papel título. O ator entregou uma das visões mais contundentes do vampiro e eternizou-se no cinema. Apesar de ter protagonizado filmes muito bons como White Zombie (1932) e O Gato Preto (1934), nada conseguiu apagar o impacto que a atuação como Drácula teve em sua carreira, algo que o acompanharia até o fim de seus dias.







Este primeiro longa-metragem deu início a uma série de produções do gênero pela Universal. Cinco anos depois, o estúdio lançou A Filha de Drácula (1936), estrelando Gloria Holden como a Condessa Marya Zaleska. O filme é uma sequência relativa dos eventos do longa anterior. Posteriormente, o estúdio ainda lançou O Filho de Drácula (1943), estrelado por outra lenda do cinema de terror, Lon Chaney Jr., que já era bastante conhecido por sua atuação em O Lobisomen (1941). Uma curiosidade é que Chaney fez uma participação na adaptação para as telas da HQ Agente Secreto X-9, como o corcunda Maroni. Hoje, O Filho de Drácula é bastante citado entre os fãs por ter sido o primeiro filme em que Drácula vira morcego diante das telas.


Em 1945, Chaney participou de duas interessantes produções envolvendo o vampiro, porém desta vez ele estava interpretando seu papel mais famoso, O Lobisomen. A Casa de Frankenstein (1944) e A Casa de Drácula (1945) trazia um encontro entre os três grandes monstros do cinema, Drácula, Lobisomen e Frankenstein, sendo que o papel do Conde ficou a cargo de John Carradine.
A título de curiosidade vale ressaltar que o longa-metragem original com Lugosi foi refilmado no final dos anos 70. Drácula (1979) foi dirigido por John Badham (então no auge por causa do sucesso de Os Embalos de Sábado a Noite) e tinha uma atmosfera completamente diferente do filme de 1931. Apesar do visual cafona, contou com uma atuação competente de Frank Langella.


O próximo grande ator a se eternizar no papel do Conde foi Christopher Lee. Sua estreia foi em O Vampiro da Noite (1958), uma tradução péssima do original Horror of Dracula, no qual ele fazia uma dobradinha excelente com Peter Kushing (no papel de Van Helsing). A atuação de Lee foi marcante e assustadora; ele já havia vivido outro monstro do cinema em A Maldição de Frankenstein (1957), porém seu Drácula era algo mais. Ele realmente empregava contornos ao personagem até então inexplorados no cinema. Apesar do sucesso, o ator ficou quase uma década longe do vampiro – e aqui cabe um aviso, em 1963 ele estrelou um filme dirigido por Mario Bava que as distribuidoras brasileiras batizaram de Drácula – o Vampiro. Apesar de bom, este não é um filme sobre o Conde e seu nome original é La Frusta e Il Corpo.




A primeira sequência de O Vampiro da Noite trazia Kushing de volta ao papel de Helsing, porém contava com a ausência de Lee. As Noivas de Drácula (1960) foi dirigido por Terence Fisher (mesmo diretor do longa anterior) e trazia a atriz Martita Hunt no papel da Baronesa Meinster.


Em meados dos anos 60, Fischer convenceu Lee a retomar o papel principal, mas desta vez com a ausência de Kushing. Drácula – O Príncipe das Trevas (1966) trazia a ressurreição do vampiro. Apesar de não chegar aos pés do filme original, esta e as demais sequências ainda são garantia de uma boa diversão. Na verdade, daí para frente, como se a porteira tivesse sido aberta, Lee começou a fazer Dráculas a torto e direito. Vamos a eles: Drácula – O Perfil do Diabo (1968), Conde Drácula (1970) – este dirigido por Jesus Franco, O Sangue de Drácula (1970), Scars of Dracula (1970), Drácula no Mundo da Minissaia (1972) e Os Ritos Satânicos de Drácula (1973) – neste último finalmente repetindo a parceria com Peter Kushing.

Lee chegou a fazer uma divertida ponta na comédia One More Time (1970), dirigida por Jerry Lewis e estrelada por Sammy Davis Jr., em que aparece no papel do Conde.

Quando Lee encerrou sua carreira vampiresca, fechando o que seria a fase de ouro dos Estúdios Hammer, pode parecer que os fãs ficaram órfãos, porém ao longo dos anos muita coisa boa saiu em paralelo ao trabalho dele (algumas produzidas pela própria Hammer).


Em 1964, Vincent Price protagonizou no cinema a primeira adaptação do romance Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson. Ao contrário da impressão que o filme homônimo mais recente com Will Smith possa ter deixado no público que não leu o livro, originalmente os mortos-vivos de Matheson não eram zumbis, mas uma criatura muito mais próxima dos vampiros. Mortos que Matam (1964), apesar de tomar muitas liberdades com relação à história original, foi um grande sucesso e é tido hoje como um dos clássicos do gênero.


Não demorou muito para que outra produção fosse feita também com base no livro, e novamente com um dos maiores astros da história de Hollywood. A Última Esperança da Terra (1971) apostava mais na ação e no carisma de seu protagonista Charlton Heston, transformando o thriller em um filme de ação com elementos sobrenaturais. Tal qual seu predecessor, este filme também tomava várias liberdades criativas, modificando a história original, contudo desta vez, o nome do protagonista ao menos foi mantido o mesmo do livro: Robert Neville (no filme com Vincent Price ele havia sido mudado).


A década de 1970 trouxe vários filmes memoráveis, entre eles a série que ficou conhecida como Trilogia Karnstein.  Produzida pela Hammer Films, a série foi bastante corajosa ao apresentar cenas de lesbianismo e temática adulta, e apesar de contar com diferentes diretores e elenco, os três filmes foram escritos por Tudor Gates.

A primeira produção dessa leva, Carmilla – A Vampira de Karnstein (1970), foi dirigida por Roy Ward Baker – cuja carreira no cinema foi bastante inexpressiva, o que levou-o a acabar se tornando mais um daqueles diretores genéricos de televisão que ninguém sabe o nome. No papel solo da vampira lésbica Carmilla, também chamada de Mircalla Karnstein, estava a bela atriz inglesa Ingrid Pitt, e o filme foi baseado em uma história original de 1872 do escritor J. Sheridan Le Fanu, o qual foi uma das grandes inspirações para que Bram Stoker escrevesse seu Drácula.





Na verdade, o conto já havia sido levado ao cinema em La cripta e l’incubo (1964), um filme italiano estrelado por ninguém menos que Christopher Lee, porém esta era um versão vagamente inspirada na história de Sheridan, enquanto que o longa de 1970 a segue a risca.

O filme seguinte da trilogia da Hammer foi Luxúria de Vampiros (1971), dirigido por Jimmy Sangster. Para o papel de Mircalla, foi chamada a atriz Yutte Stensgaard, que o que carecia de talento compensava em beleza. A trama cria uma sequência direta para os acontecimentos ocorridos no longa metragem anterior, com a vampira sendo revivida com o sangue de um inocente. Muitas pessoas apontam este como sendo o exemplar mais fraco dos três.



No ano seguinte, Gêmeas do Mal (1972), trazia Damien Thomas como um descendente de Mircalla, o Conde Karnstein. A vampira, interpretada desta vez pela atriz Katya Wyeth, faz apenas uma pequena ponta na película. Dirigido por John Hough, a novidade neste filme foi que as protagonistas eram duas irmãs, Frieda e Maria Gellhorn, interpretadas pelas playmates gêmeas na vida real Mary Collinson e Madeleine Collinson. Na verdade, Gêmeas do Mal se passa antes dos eventos relatados em Carmilla, sendo, portanto, um prequel.




A famosa vampira da novela de Sheridan Le Fanu apareceu em diversas outras produções (inclusive vários curtas-metragens). Nenhuma delas é realmente digna de menção, mas como propósito de curiosidade, vamos citar a série de TV Carmilla – Le Coeur Petrifié (1988), com Emmanuelle Meyssignac no papel da vampira, e a recente produção feita diretamente para o mercado de vídeo, Vampires VS. Zombies (2004), que traz Maritama Carlson interpretando a vampira. As críticas para este longa metragem foram pavarosas, algumas considerando um dos piores filmes já feitos na história do cinema, mas isso é algo que o diretor Vince D’Amato já está habituado.


A onda de filme eróticos envolvendo vampiros persistiu durante toda a década de 1970, sendo que podemos destacar alguns expoentes. Jesus Franco, um especialista na área, lançou Vampyros Lesbos (1971), um conto de erotismo e terror protagonizado pela estonteante Soledad Miranda, que infelizmente faleceu logo após as filmagens (o filme foi lançado postumamente).


Alguns anos depois, Blood for Dracula (1974) – também conhecido como Andy Warhol’s Dracula (X-rated), é uma história absolutamente maluca na qual o personagem principal, para sobreviver, precisa beber sangue de mulheres virgens. O problema está na dificuldade de encontrá-las, o que o leva a empreender uma viagem para a Itália, onde encontra uma família com quatro supostas filhas virgens. Supostas, sim, pois como o Conde logo descobre, virgindade é algo realmente em falta no mundo moderno. Dirigido por Paul Morrissey, o filme traz o alemão Udo Kier no papel do vampiro.

No ano seguinte, As Filhas de Drácula (1975) levava além a proposta de lesbianismo, com um par de vampiras (Marianne Morris e Anulka Dziubinska) raptando suas vítimas e mantendo-as cativas em sua mansão, e alimentando-se paulatinamente de seu sangue.


As produções recentes que possivelmente foram vistas pelo publico mais jovem que procuram resgatar aquela mesma proposta da década de 70 ao misturar erotismo, terror e um toque de humor, carecem de originalidade, sensualidade e até mesmo da ousadia daqueles antigos filmes. Por exemplo, o curta-metragem Vampyros Lesbos (2008) dirigido por Matthew Saliba (que faz uma homenagem ao filme original de Franco) e o alardeado Matadores de Vampiras Lésbicas (2009) não chegam aos pés dos filmes que os inspiraram, alguns dos quais citei aqui. Sem aquele saudosismo babaca de que apenas as coisas antigas eram boas, mas dando o crédito devido, a dica é simplesmente descobrir o que vale a pena, o que em geral significa retornar à fonte.


Mas não só de erotic thrillers viveram os vampiros na década de 1970. O aterrorizante Condessa Drácula (1971), trazia novamente Ingrid Pitt interpretando um papel seminal. Aqui ela faz Elizabeth Báthory, uma nobre sanguinária que viveu na Hungria no século XVI e tornou-se notória por conta de supostos crimes hediondos cometidos por causa de sua obsessão pela beleza, o que lhe valeu o apelido de Condessa Drácula. O perturbador filme, dirigido por Peter Sasdy, foi outro grande sucesso da Hammer e conta com cenas que até hoje são memoráveis.


A lenda em torno de Elizabeth Báthory foi abordada também em Eterno (2004), estranha, porém competente produção canadense, com Conrad Pla e Caroline Néron no papel de Elizabeth Kane, a suposta Condessa. O filme foi muito falado por causa das cenas de nudez, sexo e lesbianismo, e pela presença de Caroline, na época fazendo um grande sucesso como cantora no Canadá.


The Night Stalker (1972) foi um filme produzido pela rede de televisão ABC que acabou marcando época e, dois anos depois, fez nascer a cultuadíssima série Kolchak e os Demônios da Noite (1974), que infelizmente teve apenas uma temporada. No filme original, o repórter policial Kolchak (Darren McGavin) começa a suspeitar que um serial killer que está atuando em Los Angeles é na verdade um vampiro. Obviamente suas investigações se confirmam e com a ajuda de um agente do FBI, ele precisa combater a criatura. O mais interessante na película é que ela termina em um anticlímax com o personagem principal desacreditado por tudo e por todos, em contraponto ao tradicional final feliz de produções do gênero. Como curiosidade vale ressaltar que entre o filme original e a série, mais um piloto foi produzido, The Night Strangler (1973), sem a ausência de vampiros, mas mantendo o clima sobrenatural.


A década de 70 viveu muitos movimentos interessantes, entre eles o que ficou conhecido posteriormente como blaxploitation – uma extensão do exploitation (um tipo de filme, em geral de baixo orçamento, cuja temática “explora” assuntos sensacionalistas e muitas vezes de mau gosto) – que já tinha tantos fãs quanto detratores. Assim, da mente do diretor William Crain surgia Blácula (1972), no qual um príncipe africano é transformado em um vampiro pelo próprio Drácula. Inadvertidamente ele é levado para Los Angeles, onde libera sua sede de sangue ao mesmo tempo em que assedia a jovem Tina, na verdade a reencarnação de seu antigo amor. O que poderia ser uma piada de mau gosto acabou se transformando em um longa interessante que reconta a história original de Stoker de forma inusitada e criativa. O filme contou com um boca a boca adicional ao apresentar o primeiro casal gay de vampiros da história do cinema. Uma continuação bastante inferior foi lançada no ano seguinte, Scream Blacula Scream (1973), cujo principal atrativo era a presença de Pam Grier no papel de Lisa Fortier (um ano depois ela estouraria como Foxy Brown).






Outro a explorar a onda de blaxploitation foi Ganja & Hess (1973), um filme muito pouco visto, mas que merece ser descoberto. A variação aqui ocorre por conta da maneira com que o personagem central é contaminado – ao invés da tradicional mordida, o arqueólogo Hess Green torna-se um vampiro após ser esfaqueado com um antigo punhal amaldiçoado por seu assistente.



Naquele mesmo ano, outro exemplar digno de nota saiu sob a alcunha do diretor Dan Curtis. Apesar de produzido para a televisão inglesa, o roteiro de Drácula (1973) foi escrito por ninguém menos que Richard Matheson, e para o papel principal Curtis chamou uma das lendas do cinema, Jack Palance, então no auge de sua carreira. O trabalho do ator foi muito bem aceito e embora não possa ser equiparado ao de Lugosi ou Lee, garantiu que o filme fosse bem sucedido e distribuído no mundo inteiro.


gênero com Martin (1977), um filme difícil, ambíguo e impressionante, no qual um homem acredita ser um vampiro de 84 anos e resolve se mudar para uma cidade pequena a fim de tentar curar sua maldição. Seguindo a habitual linha de seus filmes, Romero mergulha na psique do perturbado personagem e cria uma trama que discute a condição humana, a solidão do mundo moderno e o fascínio que crenças religiosas despertam.




O mestre do terror Stephen King começou a ver suas obras serem adaptadas a partir do final da década e o livro A Hora do Vampiro não foi exceção. Dirigido para a televisão por Tobe Hooper (já conhecido por causa do falatório em torno de O Massacre da Serra Elétrica), A Mansão Marsten (1979) adaptava com certa liberdade o livro de King e ainda fazia uma homenagem ao visual do vampiro Nosferatu ao criar seres similares. Apesar de ser um telefilme, Hooper acertou na ambientação e criou uma obra densa e sem concessões e contou com o sucesso do ator David Soul (na época estrelando o seriado Starsky e Hutch) para ajudar a catapultá-la.


Alguns anos depois, veio a inevitável continuação. Dirigida por Larry Cohen (Nasce um Monstro e A Coisa), o filme Retorno a Salem’s Lot (1987) trazia Michael Moriarty no papel principal, porém acabou se revelando uma sucessão de equívocos. Hoje, grande parte dos fãs prefere esquecer essa produção.
No século XXI, o romance de King ganhou mais uma versão que desta vez seguia mais a risca a história original. Com Rob Lowe no papel de Ben Mears, o escritor que retorna a sua cidade natal apenas para descobrir que ela está sendo assombrada por vampiros, Salem’s Lot (2004) foi uma superprodução original da TNT que trazia diversos atores conhecidos fazendo pontas, como Rutger Hauer e Donald Sutherland.


Os sugadores de sangue não escaparam das dezenas de comédias que apareceram ao longo dos anos. Sem dúvida a melhor e mais conhecida é A Dança dos Vampiros (1967), uma obra prima divertidíssima de Roman Polanski, e também um dos últimos filmes da linda atriz Sharon Tate, antes de seu brutal assassinato pela seita de Charles Mason. O film conta inclusive com uma famosa cena da atriz nua na banheira.


No final dos anos 70, Amor à Primeira Mordida (1979) fez um grande sucesso, mostrando que o público sempre foi partidário de comédias românticas e açucaradas. Aqui, após ver sua vida na Transilvânia tornar-se impraticável, Drácula (George Hamilton) resolve mudar-se para Nova York e encontrar sua noiva. Um filme que hoje vale mais como uma relíquia curiosa.


A comédia Transilvânia: Hotel do Outro Lado do Mundo (1985) se centra em dois repórteres (Jeff Goldblum e Ed Begley Jr.) que vão ao país para investigar uma suposta aparição de Frankenstein (?) e acabam encontrando todo tipo de bizarrice, inclusive uma vampira sensualíssima interpretada por Geena Davis.

Ainda na década de 1980, o diretor Fred Dekker nos entregou uma pequena gema, Deu a Louca nos Monstros (1987). Dekker tem uma carreira interessante; ele lançou-se como escritor (é dele a história do ótimo House – A Casa do Espanto) no mesmo ano em que dirigiu o bom Night of the Creeps (1986), depois escreveu e dirigiu episódios da série de TV Contos da Cripta, porém sua grande aposta era o filme RoboCop 3, que deveria lançar sua carreira de vez. Infelizmente, o filme lançou-a para o fundo do poço, de onde ele não se recuperou. Mas qualquer coisa que ele tenha feito depois não tira o brilhantismo desta que é uma das melhores aventuras juvenis já produzidas no cinema. O filme tem o mérito de trazer de volta todos os monstros clássicos da Hammer em uma trama divertidíssima, crível e com bons momentos de ação. Destaque para o Drácula cruel e calculista interpretado por Duncan Regehr.



Apenas um ano depois, o diretor Robert Bierman lançou O Beijo do Vampiro (1988), com o então pouco conhecido Nicolas Cage e um elenco de apoio que contava com Jennifer Beals (ainda colhendo os louros do sucesso Flashdance) e Maria Conchita Alonso (O Sobrevivente). Na história, um executivo pensa que se tornou um vampiro após um encontro com uma sedutora mulher. A famosa cena em que Nicolas Cage come uma barata (de verdade) entrou para os anais do cinema como uma das mais nojentas e de mau gosto já feitas.


Já na década de 1990, um dos gênios da comédia, Mel Brooks lançou Drácula – Morto Mas Feliz (1995), uma paródia sensacional com Leslie Nielsen (na crista da onda por causa do sucesso de Corra Que a Polícia Vem Aí) como o Conde. O filme tornou-se um dos mais queridos pelos fãs, com sequências hilárias, uma atuação inspirada e engraçadíssima de Nielsen e a presença da linda Amy Yasbeck no papel de Mina Murray. Um destaque é que o próprio Mel Brooks interpreta o atrapalhado caçador de vampiros Van Helsing.


A Hora do Espanto (1985) foi dirigido por Tom Holland (que três anos depois nos entregou o clássico Brinquedo Assassino) e era uma grande homenagem aos filmes da Hammer. O elenco razoavelmente desconhecido (com exceção de Roddy McDowall no papel de Peter Vincent) segura muito bem a história de um jovem que descobre que seu vizinho é um sanguessuga noturno. Destaque para a atuação amalucada de Stephen Geoffreys, que criou uma das mortes mais empáticas de todo o cinema, quando já vampirizado, acaba sendo vítima do personagem principal e seu melhor amigo, Charley (William Ragsdale).


O sucesso do filme fez com que o estúdio lançasse a continuação três anos depois do original. A Hora do Espanto 2 (1988) repetia a parceria entre Ragsdale e McDowall, mas apresentava um novo desafio, já que o charmoso vampiro do filme anterior havia sido destruído. Aqui a ameaça é uma vampira que busca vingança pelas ações ocorridas anteriormente. Embora seja inferior, esta sequência teve uma boa bilheteria e agradou parte do público.


Outro filme que consta em qualquer lista de dez mais é o excepcional Quando Chega a Escuridão (1987). Dirigido por Kathryn Bigelow (anos antes de ela sequer sonhar em ganhar o Oscar com Guerra ao Terror), o filme é uma mistura muito bem sucedida de terror com road-movie. O elenco jovem conta com nomes (ou rostos) facilmente reconhecíveis hoje como Adrian Pasdar, Bill Paxton e Jenette Goldstein, apoiados pela competente figura de Lance Henriksen. A história gira em torno de um jovem que se une a um grupo de vampiros viajantes para estar perto da moça que ama. A película ultraviolenta chamou a atenção na época de seu lançamento e acabou se tornando um dos grandes clássicos do gênero.

No mesmo ano, o controverso diretor Joel Schumacher (responsável por bons filmes como Um Dia de Fúria e Tempo de Matar, mas também pelas atrocidades Batman Eternamente e Batman & Robin) lançou Os Garotos Perdidos (1987), uma produção da Warner Bros que aproveitava o sucesso que os atores adolescentes Corey Haim e Corey Feldman vinham fazendo. Foi também um dos primeiros destaques na carreira de Kiefer Sutherland, então com 18 anos, bem antes dele tornar-se mundialmente famoso com a série 24 Horas, e do ator Jason Patric (Narc e Incógnito). O filme era bem humorado, divertido, porém cumpria sua proposta e não negava terror nos momentos em que o grupo de vampiros aparecia. Uma aventura adolescente que atualizava o tema, porém de forma respeitosa, com destaque para a excelente trilha sonora.Recentemente, duas continuações péssimas foram lançadas: Lost Boys: The Tribe (2008) e Lost Boys: The Thirst (2010), ambas com participação de Corey Feldman.


Outros filmes de sucesso lançados na década de 1980 foram Fome de Viver (1983) e Vamp – A Noite dos Vampiros (1986). O primeiro, dirigido pelo excelente Tony Scott, trazia um elenco estelar composto por David Bowie, Catherine Deneuve e Susan Sarandon, e recriava de forma mística a lenda do vampirismo, remontando-a até o antigo Egito. Visto hoje, o filme perdeu parte de sua magia e as tão faladas cenas de lesbianismo na época de seu lançamento entre Deneuve e Sarandon não são mais tão impactantes (inclusive perdem para as produções da década anterior), porém é um filme de classe e prestígio, apesar de confuso e de ter envelhecido um pouco.


Vamp, por outro lado, é uma clássica produção B cujo maior atrativo foi ter a cantora Grace Jones (então no auge de seu sucesso) como a sedutora vampira que lidera um grupo de sanguessugas. Hoje vale muito mais como curiosidade.


Também é dos anos 80 uma das melhores animações já feitas sobre o gênero. D – O Caçador de Vampiros (1985) é um desenho japonês futurista dirigido por Toyoo Ashida e Carl Macek, no qual uma garotinha solicita a ajuda de um famoso caçador de vampiros para matar um vampiro que a mordeu, na esperança de evitar que ela própria se torne um deles. O filme só foi lançado nos EUA em 1993, porém no Brasil chegou anos antes em VHS e tornou-se uma fita cult entre apreciadores do gênero. Vale observar que este desenho não tem nada a ver com a péssima série Vampire Hunter (1997), também produzida no Japão e que durou apenas 1 temporada.


Anos depois, os diretores Yoshiaki Kawajiri, Jack Fletcher e Tai Kit Mak assumiram uma tarefa dificílima: trazer de volta o caçador D e fazer um filme ainda melhor que o clássico de 1985. Indo de encontro ao pessimismo de milhares de fãs, o trio se empenhou na hercúlea tarefa e, ao contrário do que normalmente ocorre, foi tremendamente bem sucedido. Vampire Hunter D: Bloodlust (2000) foi lançado sob uma chuva de ovações tornando-se o melhor desenho sobre vampiros já feito.


A década de 1990 começou com uma produção no mínimo inusitada do gênero, Subspecies (1991). O filme foi uma baixa produção dirigida por Ted Nicolaou que apresentava um vampiro de aspecto horroroso (retomando o conceito estabelecido em Nosferatu de que vampiros têm uma aparência horrível) e maléfico chamado Radu, mas que era indubitavelmente carismático. O que deveria ser mais um longa-metragem a passar despercebido entre as centenas produzidas todos os anos, chamou a atenção por que o diretor resolveu utilizar a antiga técnica de stop motion para compor os efeitos especiais. Por mais absurdo que pareça, a empreitada garantiu certo charme à película e o público aprovou, transformando-o em um clássico dos filmes-B modernos.


O sucesso do primeiro filme deu a possibilidade de Nicolaou de dirigir mais três sequências direto para o mercado de vídeo: Bloodstone: Subspecies II (1993), Bloodlust: Subspecies III (1994) e Subspecies 4: Bloodstorm (1998). Em todos os quatro filmes, o vampiro é interpretado por Anders Hove, ator dinamarquês muito pouco conhecido nos EUA, mas que realiza um bom trabalho como a assustadora criatura. Infelizmente, nenhum dos filmes posteriores recupera a mesma magia e originalidade do primeiro, porém são ainda assim uma boa e descompromissada diversão recomendada para amantes do gênero.


Nicolaou ainda teve oportunidade de dirigir Vampire Journals (1997), um longa-metragem também feito diretamente para o mercado de vídeo, que nada tem a ver com a sua série mais famosa. Aqui, apesar do esforço do diretor em criar algo relevante e do bom roteiro que procura trazer uma ambientação no estilo Anne Rice (bem diferente do que é mostrado em Subspecies), o filme sofre com os péssimos efeitos especiais e atuações de segunda categoria, que o relegaram ao esquecimento. Ainda assim, deve ser assistido sem receio por fãs de Nicolaou.


O ano seguinte trouxe os vampiros de volta ao primeiro panteão de Hollywood com uma produção milionária que marcou época. Bram Stoker’s Drácula (1992) foi dirigido por Francis Ford Coppola (seguramente um dos maiores diretores da história do cinema) e trazia um elenco de astros e estrelas que incluía Gary Oldman (no papel do Conde), Anthony Hopkins (Van Helsing), Winona Ryder (Mina) e Keanu Reeves (Jonathan). O filme custou em torno de 40 milhões de dólares – o mais caro já produzido até então – e rendeu mais de 215 milhões em todo o mundo. Apesar de momentos de puro horror, muita nudez e sensualidade, e violência, a sensibilidade com que Coppola levou a história de Stoker para as telas lembrou a todos que nas entrelinhas, Drácula ainda era a busca de um homem por sua amada – e, portanto, um romance. O público feminino se encantou com a atuação de Oldman e o filme o catapultou definitivamente para o primeiro time de astros de Hollywood.


Naquele mesmo ano estreava o longa metragem Buffy: A Caça-Vampiros (1992), escrito por Joss Whedon e com Kristy Swanson no papel principal. O filme tem o apoio de bons coadjuvantes como Donald Sutherland, Rutger Hauer, Luke Perry e a curiosa presença de Hilary Swank com começo de carreira, porém seu principal mérito foi pavimentar o caminho para a grande série de sucesso Buffy: A Caça-Vampiros (1997-2003). A série foi um mega sucesso que lançou a carreira da atriz Sarah Michelle Gellar, que substituiu Swanson numa bela e humilde jogada de Whedon, que percebeu que um dos principais problemas de seu filme anterior era justamente a escolha da atriz principal. A série ainda rendeu um excelente spin-off, o seriado Angel (199-2004), com David Boreanaz e Charisma Carpenter.



Os 100 Melhores Filmes de Vampiros da História




Inicialmente, eu ia escrever mais uma daquelas listas do tipo 10+ ou 15+, porém logo me dei conta de que a quantidade de filmes de vampiros é tão boa, que não daria para escolher tão poucos. A seguir, decidi dividir a lista em 2 partes, uma só com filmes de vampiros e outra só com Drácula. Também seria pouco. Logo me vi dividindo a lista em décadas, trilogias, gêneros (suspense, comédia, erótico)… No final o texto acabou virando isto aqui: um mega compêndio com quase tudo que vale a pena ser visto dos mais adorados monstros da cultura pop. Com um pouco de sorte, ela será útil para você.



Ao mesmo tempo, sei que muita gente não é a fim de ficar lendo minhas baboseiras e só quer saber mesmo de indicações, então para facilitar, decidi deixar os nomes de todos os filmes como links que levam à página correspondente no IMDb, caso você queira saber mais sobre o longa em questão. Dessa forma, você pode efetuar uma leitura rápida só com o passar de olhos se quiser.



Bem, mas sem mais atrasos, vamos ao que interessa. Muita gente pensa (erroneamente) que Nosferatu foi o primeiro filme do gênero. Isso não é verdade. Antes dele houveram outros – na verdade muitos outros, a maioria pouco digna de menção. O primeiro filme sobre vampiros foi Vampire of the Coast (1909), na época em que o cinema era ainda bem jovem – e mudo. O filme foi lançado apenas 12 anos após Bram Stoker ter publicado sua obra prima, Drácula, e foi seguido por uma explosão de filmes do gênero. Alguns, de fato, ganharam certa notoriedade, como os curtas-metragens The Vampire (1913), com Alice Hollister e The Vampire’s Trail, que ficaram famosos por terem sido dirigidos por Robert G. Vignola. Outros destaques são Vampires of the Night (1914) e The Kiss of a Vampire (1916).



Porém foi só em 1922 que a coisa realmente engrossou. No auge do expressionismo alemão, o diretor F. W. Murnau deu uma aula de cinema ao criar o mais cultuado (e considerado por muitos o melhor) filme do gênero de todos os tempos. Nosferatu (1922) foi uma adaptação fiel ao romance de Stoker, porém uma vez que a produção não conseguiu os direitos sobre o texto original, mudou os nomes dos personagens. Assim, o vampiro central é chamado de Conde Orlok, uma figura assustadora que representa a própria encarnação do mal, interpretada com perfeição por Max Schreck. Nosferatu assustou plateias do mundo inteiro e tornou-se a obra prima de Murnau que entregou outros bons filmes de terror como Phantom (1922) e Fausto (1927) antes de sua prematura morte em 1931, que interrompeu sua prolífica produção.







No final da década de 1970, o diretor Werner Herzog resolveu refilmar o clássico original, transportando a atmosfera expressionista para um clima mais contemporâneo. Execrado desde o início de sua empreitada por macular o que era perfeito, Herzog surpreendeu a todos os críticos quando entregou um filme sensacional, que se não superava o original, ao menos fazia juízo a ele. Nosferatu – O Vampiro da Noite (1979) trazia Klaus Kinski no papel principal e de quebra uma jovem Isabelle Adjani como Lucy.



Porém a saga do vampiro careca não acabou aí. Em 2000, uma ideia originalíssima fez nascer o enigmático A Sombra do Vampiro (2000). Dirigido por E. Elias Merhige, autor do cultuadíssimo Begotten (comumente citado como um dos filmes mais chocantes já produzidos), e com um elenco capitaneado pelas presenças inspiradas de John Malkovich e William Dafoe, o filme parte de uma premissa nascida de uma lenda do mundo do cinema, a que o Nosferatu do longa original de 1922 não era um ator, mas sim um vampiro de verdade. Em A Sombra do Vampiro, o diretor Murnau (Malkovich) faz um pacto com o vampiro (Dafoe) para que este atue em seu filme, com a promessa de poder tomar o sangue da atriz principal ao término das filmagens. É evidente que o vampiro não pode ser controlado e a situação logo começa a se complicar.



O primeiro filme de relevância produzido nos EUA veio quase uma década depois do Nosferatu de 1922. O Universal Studios produziu a primeira adaptação do romance de Stoker, Drácula (1931), com Bela Lugosi no papel título. O ator entregou uma das visões mais contundentes do vampiro e eternizou-se no cinema. Apesar de ter protagonizado filmes muito bons como White Zombie (1932) e O Gato Preto (1934), nada conseguiu apagar o impacto que a atuação como Drácula teve em sua carreira, algo que o acompanharia até o fim de seus dias.



Este primeiro longa-metragem deu início a uma série de produções do gênero pela Universal. Cinco anos depois, o estúdio lançou A Filha de Drácula (1936), estrelando Gloria Holden como a Condessa Marya Zaleska. O filme é uma sequência relativa dos eventos do longa anterior. Posteriormente, o estúdio ainda lançou O Filho de Drácula (1943), estrelado por outra lenda do cinema de terror, Lon Chaney Jr., que já era bastante conhecido por sua atuação em O Lobisomen (1941). Uma curiosidade é que Chaney fez uma participação na adaptação para as telas da HQ Agente Secreto X-9, como o corcunda Maroni. Hoje, O Filho de Drácula é bastante citado entre os fãs por ter sido o primeiro filme em que Drácula vira morcego diante das telas.



Em 1945, Chaney participou de duas interessantes produções envolvendo o vampiro, porém desta vez ele estava interpretando seu papel mais famoso, O Lobisomen. A Casa de Frankenstein (1944) e A Casa de Drácula (1945) trazia um encontro entre os três grandes monstros do cinema, Drácula, Lobisomen e Frankenstein, sendo que o papel do Conde ficou a cargo de John Carradine.



A título de curiosidade vale ressaltar que o longa-metragem original com Lugosi foi refilmado no final dos anos 70. Drácula (1979) foi dirigido por John Badham (então no auge por causa do sucesso de Os Embalos de Sábado a Noite) e tinha uma atmosfera completamente diferente do filme de 1931. Apesar do visual cafona, contou com uma atuação competente de Frank Langella.



O próximo grande ator a se eternizar no papel do Conde foi Christopher Lee. Sua estreia foi em O Vampiro da Noite (1958), uma tradução péssima do original Horror of Dracula, no qual ele fazia uma dobradinha excelente com Peter Kushing (no papel de Van Helsing). A atuação de Lee foi marcante e assustadora; ele já havia vivido outro monstro do cinema em A Maldição de Frankenstein (1957), porém seu Drácula era algo mais. Ele realmente empregava contornos ao personagem até então inexplorados no cinema. Apesar do sucesso, o ator ficou quase uma década longe do vampiro – e aqui cabe um aviso, em 1963 ele estrelou um filme dirigido por Mario Bava que as distribuidoras brasileiras batizaram de Drácula – o Vampiro. Apesar de bom, este não é um filme sobre o Conde e seu nome original é La Frusta e Il Corpo.







A primeira sequência de O Vampiro da Noite trazia Kushing de volta ao papel de Helsing, porém contava com a ausência de Lee. As Noivas de Drácula (1960) foi dirigido por Terence Fisher (mesmo diretor do longa anterior) e trazia a atriz Martita Hunt no papel da Baronesa Meinster.



Em meados dos anos 60, Fischer convenceu Lee a retomar o papel principal, mas desta vez com a ausência de Kushing. Drácula – O Príncipe das Trevas (1966) trazia a ressurreição do vampiro. Apesar de não chegar aos pés do filme original, esta e as demais sequências ainda são garantia de uma boa diversão. Na verdade, daí para frente, como se a porteira tivesse sido aberta, Lee começou a fazer Dráculas a torto e direito. Vamos a eles: Drácula – O Perfil do Diabo (1968), Conde Drácula (1970) – este dirigido por Jesus Franco, O Sangue de Drácula (1970), Scars of Dracula (1970), Drácula no Mundo da Minissaia (1972) e Os Ritos Satânicos de Drácula (1973) – neste último finalmente repetindo a parceria com Peter Kushing.



Lee chegou a fazer uma divertida ponta na comédia One More Time (1970), dirigida por Jerry Lewis e estrelada por Sammy Davis Jr., em que aparece no papel do Conde.



Quando Lee encerrou sua carreira vampiresca, fechando o que seria a fase de ouro dos Estúdios Hammer, pode parecer que os fãs ficaram órfãos, porém ao longo dos anos muita coisa boa saiu em paralelo ao trabalho dele (algumas produzidas pela própria Hammer).



Em 1964, Vincent Price protagonizou no cinema a primeira adaptação do romance Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson. Ao contrário da impressão que o filme homônimo mais recente com Will Smith possa ter deixado no público que não leu o livro, originalmente os mortos-vivos de Matheson não eram zumbis, mas uma criatura muito mais próxima dos vampiros. Mortos que Matam (1964), apesar de tomar muitas liberdades com relação à história original, foi um grande sucesso e é tido hoje como um dos clássicos do gênero.



Não demorou muito para que outra produção fosse feita também com base no livro, e novamente com um dos maiores astros da história de Hollywood. A Última Esperança da Terra (1971) apostava mais na ação e no carisma de seu protagonista Charlton Heston, transformando o thriller em um filme de ação com elementos sobrenaturais. Tal qual seu predecessor, este filme também tomava várias liberdades criativas, modificando a história original, contudo desta vez, o nome do protagonista ao menos foi mantido o mesmo do livro: Robert Neville (no filme com Vincent Price ele havia sido mudado).



A década de 1970 trouxe vários filmes memoráveis, entre eles a série que ficou conhecida como Trilogia Karnstein. Produzida pela Hammer Films, a série foi bastante corajosa ao apresentar cenas de lesbianismo e temática adulta, e apesar de contar com diferentes diretores e elenco, os três filmes foram escritos por Tudor Gates.



A primeira produção dessa leva, Carmilla – A Vampira de Karnstein (1970), foi dirigida por Roy Ward Baker – cuja carreira no cinema foi bastante inexpressiva, o que levou-o a acabar se tornando mais um daqueles diretores genéricos de televisão que ninguém sabe o nome. No papel solo da vampira lésbica Carmilla, também chamada de Mircalla Karnstein, estava a bela atriz inglesa Ingrid Pitt, e o filme foi baseado em uma história original de 1872 do escritor J. Sheridan Le Fanu, o qual foi uma das grandes inspirações para que Bram Stoker escrevesse seu Drácula.







Na verdade, o conto já havia sido levado ao cinema em La cripta e l’incubo (1964), um filme italiano estrelado por ninguém menos que Christopher Lee, porém esta era um versão vagamente inspirada na história de Sheridan, enquanto que o longa de 1970 a segue a risca.



O filme seguinte da trilogia da Hammer foi Luxúria de Vampiros (1971), dirigido por Jimmy Sangster. Para o papel de Mircalla, foi chamada a atriz Yutte Stensgaard, que o que carecia de talento compensava em beleza. A trama cria uma sequência direta para os acontecimentos ocorridos no longa metragem anterior, com a vampira sendo revivida com o sangue de um inocente. Muitas pessoas apontam este como sendo o exemplar mais fraco dos três.



No ano seguinte, Gêmeas do Mal (1972), trazia Damien Thomas como um descendente de Mircalla, o Conde Karnstein. A vampira, interpretada desta vez pela atriz Katya Wyeth, faz apenas uma pequena ponta na película. Dirigido por John Hough, a novidade neste filme foi que as protagonistas eram duas irmãs, Frieda e Maria Gellhorn, interpretadas pelas playmates gêmeas na vida real Mary Collinson e Madeleine Collinson. Na verdade, Gêmeas do Mal se passa antes dos eventos relatados em Carmilla, sendo, portanto, um prequel.



A famosa vampira da novela de Sheridan Le Fanu apareceu em diversas outras produções (inclusive vários curtas-metragens). Nenhuma delas é realmente digna de menção, mas como propósito de curiosidade, vamos citar a série de TV Carmilla – Le Coeur Petrifié (1988), com Emmanuelle Meyssignac no papel da vampira, e a recente produção feita diretamente para o mercado de vídeo, Vampires VS. Zombies (2004), que traz Maritama Carlson interpretando a vampira. As críticas para este longa metragem foram pavarosas, algumas considerando um dos piores filmes já feitos na história do cinema, mas isso é algo que o diretor Vince D’Amato já está habituado (é dele outras bombas como Necrophagia: Nightmare Scenarios, com a atriz pornô Jenna Jameson).



A onda de filme eróticos envolvendo vampiros persistiu durante toda a década de 1970, sendo que podemos destacar alguns expoentes. Jesus Franco, um especialista na área, lançou Vampyros Lesbos (1971), um conto de erotismo e terror protagonizado pela estonteante Soledad Miranda, que infelizmente faleceu logo após as filmagens (o filme foi lançado postumamente).







Alguns anos depois, Blood for Dracula (1974) – também conhecido como Andy Warhol’s Dracula (X-rated), é uma história absolutamente maluca na qual o personagem principal, para sobreviver, precisa beber sangue de mulheres virgens. O problema está na dificuldade de encontrá-las, o que o leva a empreender uma viagem para a Itália, onde encontra uma família com quatro supostas filhas virgens. Supostas, sim, pois como o Conde logo descobre, virgindade é algo realmente em falta no mundo moderno. Dirigido por Paul Morrissey, o filme traz o alemão Udo Kier no papel do vampiro.



No ano seguinte, As Filhas de Drácula (1975) levava além a proposta de lesbianismo, com um par de lindas vampiras (Marianne Morris e Anulka Dziubinska) raptando suas vítimas e mantendo-as cativas em sua mansão, e alimentando-se paulatinamente de seu sangue.



As produções recentes que possivelmente foram vistas pelo publico mais jovem que procuram resgatar aquela mesma proposta da década de 70 ao misturar erotismo, terror e um toque de humor, carecem de originalidade, sensualidade e até mesmo da ousadia daqueles antigos filmes. Por exemplo, o curta-metragem Vampyros Lesbos (2008) dirigido por Matthew Saliba (que faz uma homenagem ao filme original de Franco) e o alardeado Matadores de Vampiras Lésbicas (2009) não chegam aos pés dos filmes que os inspiraram, alguns dos quais citei aqui. Sem aquele saudosismo babaca de que apenas as coisas antigas eram boas, mas dando o crédito devido, a dica é simplesmente descobrir o que vale a pena, o que em geral significa retornar à fonte.



Mas não só de erotic thrillers viveram os vampiros na década de 1970. O aterrorizante Condessa Drácula (1971), trazia novamente Ingrid Pitt interpretando um papel seminal. Aqui ela faz Elizabeth Báthory, uma nobre sanguinária que viveu na Hungria no século XVI e tornou-se notória por conta de supostos crimes hediondos cometidos por causa de sua obsessão pela beleza, o que lhe valeu o apelido de Condessa Drácula. O perturbador filme, dirigido por Peter Sasdy, foi outro grande sucesso da Hammer e conta com cenas que até hoje são memoráveis.



A lenda em torno de Elizabeth Báthory foi abordada também em Eterno (2004), estranha, porém competente produção canadense, com Conrad Pla e Caroline Néron no papel de Elizabeth Kane, a suposta Condessa. O filme foi muito falado por causa das cenas de nudez, sexo e lesbianismo, e pela presença de Caroline, na época fazendo um grande sucesso como cantora no Canadá.



The Night Stalker (1972) foi um filme produzido pela rede de televisão ABC que acabou marcando época e, dois anos depois, fez nascer a cultuadíssima série Kolchak e os Demônios da Noite (1974), que infelizmente teve apenas uma temporada. No filme original, o repórter policial Kolchak (Darren McGavin) começa a suspeitar que um serial killer que está atuando em Los Angeles é na verdade um vampiro. Obviamente suas investigações se confirmam e com a ajuda de um agente do FBI, ele precisa combater a criatura. O mais interessante na película é que ela termina em um anticlímax com o personagem principal desacreditado por tudo e por todos, em contraponto ao tradicional final feliz de produções do gênero. Como curiosidade vale ressaltar que entre o filme original e a série, mais um piloto foi produzido, The Night Strangler (1973), sem a ausência de vampiros, mas mantendo o clima sobrenatural.



A década de 70 viveu muitos movimentos interessantes, entre eles o que ficou conhecido posteriormente como blaxploitation – uma extensão do exploitation (um tipo de filme, em geral de baixo orçamento, cuja temática “explora” assuntos sensacionalistas e muitas vezes de mau gosto) – que já tinha tantos fãs quanto detratores. Assim, da mente do diretor William Crain surgia Blácula (1972), no qual um príncipe africano é transformado em um vampiro pelo próprio Drácula. Inadvertidamente ele é levado para Los Angeles, onde libera sua sede de sangue ao mesmo tempo em que assedia a jovem Tina, na verdade a reencarnação de seu antigo amor. O que poderia ser uma piada de mau gosto acabou se transformando em um longa interessante que reconta a história original de Stoker de forma inusitada e criativa. O filme contou com um boca a boca adicional ao apresentar o primeiro casal gay de vampiros da história do cinema. Uma continuação bastante inferior foi lançada no ano seguinte, Scream Blacula Scream (1973), cujo principal atrativo era a presença de Pam Grier no papel de Lisa Fortier (um ano depois ela estouraria como Foxy Brown).



Outro a explorar a onda de blaxploitation foi Ganja & Hess (1973), um filme muito pouco visto, mas que merece ser descoberto. A variação aqui ocorre por conta da maneira com que o personagem central é contaminado – ao invés da tradicional mordida, o arqueólogo Hess Green torna-se um vampiro após ser esfaqueado com um antigo punhal amaldiçoado por seu assistente.



Naquele mesmo ano, outro exemplar digno de nota saiu sob a alcunha do diretor Dan Curtis. Apesar de produzido para a televisão inglesa, o roteiro de Drácula (1973) foi escrito por ninguém menos que Richard Matheson, e para o papel principal Curtis chamou uma das lendas do cinema, Jack Palance, então no auge de sua carreira. O trabalho do ator foi muito bem aceito e embora não possa ser equiparado ao de Lugosi ou Lee, garantiu que o filme fosse bem sucedido e distribuído no mundo inteiro.



O criador dos zumbis modernos, George Romero também fez um incursão no gênero com Martin (1977), um filme difícil, ambíguo e impressionante, no qual um homem acredita ser um vampiro de 84 anos e resolve se mudar para uma cidade pequena a fim de tentar curar sua maldição. Seguindo a habitual linha de seus filmes, Romero mergulha na psique do perturbado personagem e cria uma trama que discute a condição humana, a solidão do mundo moderno e o fascínio que crenças religiosas despertam.



O mestre do terror Stephen King começou a ver suas obras serem adaptadas a partir do final da década e o livro A Hora do Vampiro não foi exceção. Dirigido para a televisão por Tobe Hooper (já conhecido por causa do falatório em torno de O Massacre da Serra Elétrica), A Mansão Marsten (1979) adaptava com certa liberdade o livro de King e ainda fazia uma homenagem ao visual do vampiro Nosferatu ao criar seres similares. Apesar de ser um telefilme, Hooper acertou na ambientação e criou uma obra densa e sem concessões e contou com o sucesso do ator David Soul (na época estrelando o seriado Starsky e Hutch) para ajudar a catapultá-la.







Alguns anos depois, veio a inevitável continuação. Dirigida por Larry Cohen (Nasce um Monstro e A Coisa), o filme Retorno a Salem’s Lot (1987) trazia Michael Moriarty no papel principal, porém acabou se revelando uma sucessão de equívocos. Hoje, grande parte dos fãs prefere esquecer essa produção.



No século XXI, o romance de King ganhou mais uma versão que desta vez seguia mais a risca a história original. Com Rob Lowe no papel de Ben Mears, o escritor que retorna a sua cidade natal apenas para descobrir que ela está sendo assombrada por vampiros, Salem’s Lot (2004) foi uma superprodução original da TNT que trazia diversos atores conhecidos fazendo pontas, como Rutger Hauer e Donald Sutherland.



Os sugadores de sangue não escaparam das dezenas de comédias que apareceram ao longo dos anos. Sem dúvida a melhor e mais conhecida é A Dança dos Vampiros (1967), uma obra prima divertidíssima de Roman Polanski, e também um dos últimos filmes da linda atriz Sharon Tate, antes de seu brutal assassinato pela seita de Charles Mason. O film conta inclusive com uma famosa cena da atriz nua na banheira.



No final dos anos 70, Amor à Primeira Mordida (1979) fez um grande sucesso, mostrando que o público sempre foi partidário de comédias românticas e açucaradas. Aqui, após ver sua vida na Transilvânia tornar-se impraticável, Drácula (George Hamilton) resolve mudar-se para Nova York e encontrar sua noiva. Um filme que hoje vale mais como uma relíquia curiosa.



A comédia Transilvânia: Hotel do Outro Lado do Mundo (1985) se centra em dois repórteres (Jeff Goldblum e Ed Begley Jr.) que vão ao país para investigar uma suposta aparição de Frankenstein (?) e acabam encontrando todo tipo de bizarrice, inclusive uma vampira sensualíssima interpretada por Geena Davis.







No mesmo ano, um jovem Jim Carrey em um de seus primeiros papéis precisa lidar com a vampira chamada apenas de Condessa (Lauren Hutton), que precisa beber o sangue de virgens para manter sua beleza na comédia Once Bitten (1985).



Ainda na década de 1980, o diretor Fred Dekker nos entregou uma pequena gema, Deu a Louca nos Monstros (1987). Dekker tem uma carreira interessante; ele lançou-se como escritor (é dele a história do ótimo House – A Casa do Espanto) no mesmo ano em que dirigiu o bom Night of the Creeps (1986), depois escreveu e dirigiu episódios da série de TV Contos da Cripta, porém sua grande aposta era o filme RoboCop 3, que deveria lançar sua carreira de vez. Infelizmente, o filme lançou-a para o fundo do poço, de onde ele não se recuperou. Mas qualquer coisa que ele tenha feito depois não tira o brilhantismo desta que é uma das melhores aventuras juvenis já produzidas no cinema. O filme tem o mérito de trazer de volta todos os monstros clássicos da Hammer em uma trama divertidíssima, crível e com bons momentos de ação. Destaque para o Drácula cruel e calculista interpretado por Duncan Regehr.



Apenas um ano depois, o diretor Robert Bierman lançou O Beijo do Vampiro (1988), com o então pouco conhecido Nicolas Cage e um elenco de apoio que contava com Jennifer Beals (ainda colhendo os louros do sucesso Flashdance) e Maria Conchita Alonso (O Sobrevivente). Na história, um executivo pensa que se tornou um vampiro após um encontro com uma sedutora mulher. A famosa cena em que Nicolas Cage come uma barata (de verdade) entrou para os anais do cinema como uma das mais nojentas e de mau gosto já feitas.



Já na década de 1990, um dos gênios da comédia, Mel Brooks lançou Drácula – Morto Mas Feliz (1995), uma paródia sensacional com Leslie Nielsen (na crista da onda por causa do sucesso de Corra Que a Polícia Vem Aí) como o Conde. O filme tornou-se um dos mais queridos pelos fãs, com sequências hilárias, uma atuação inspirada e engraçadíssima de Nielsen e a presença da linda Amy Yasbeck no papel de Mina Murray. Um destaque é que o próprio Mel Brooks interpreta o atrapalhado caçador de vampiros Van Helsing.



Listar a quantidade de comédias feitas com vampiros é, obviamente, uma tarefa ingrata. Mas esta também foge ao escopo deste texto, cujo objetivo não é ser um compêndio completo, mas apenas um guia do que já foi feito de melhor no gênero. E a década de 1980 foi particularmente produtiva. Pelo menos três filmes merecem destaque e certamente fazem parte de dez a cada dez listas dos melhores.



A Hora do Espanto (1985) foi dirigido por Tom Holland (que três anos depois nos entregou o clássico Brinquedo Assassino) e era uma grande homenagem aos filmes da Hammer. O elenco razoavelmente desconhecido (com exceção de Roddy McDowall no papel de Peter Vincent) segura muito bem a história de um jovem que descobre que seu vizinho é um sanguessuga noturno. Destaque para a atuação amalucada de Stephen Geoffreys, que criou uma das mortes mais empáticas de todo o cinema, quando já vampirizado, acaba sendo vítima do personagem principal e seu melhor amigo, Charley (William Ragsdale).



O sucesso do filme fez com que o estúdio lançasse a continuação três anos depois do original. A Hora do Espanto 2 (1988) repetia a parceria entre Ragsdale e McDowall, mas apresentava um novo desafio, já que o charmoso vampiro do filme anterior havia sido destruído. Aqui a ameaça é uma vampira que busca vingança pelas ações ocorridas anteriormente. Embora seja inferior, esta sequência teve uma boa bilheteria e agradou parte do público.



Outro filme que consta em qualquer lista de dez mais é o excepcional Quando Chega a Escuridão (1987). Dirigido por Kathryn Bigelow (anos antes de ela sequer sonhar em ganhar o Oscar com Guerra ao Terror), o filme é uma mistura muito bem sucedida de terror com road-movie. O elenco jovem conta com nomes (ou rostos) facilmente reconhecíveis hoje como Adrian Pasdar, Bill Paxton e Jenette Goldstein, apoiados pela competente figura de Lance Henriksen. A história gira em torno de um jovem que se une a um grupo de vampiros viajantes para estar perto da moça que ama. A película ultraviolenta chamou a atenção na época de seu lançamento e acabou se tornando um dos grandes clássicos do gênero.



No mesmo ano, o controverso diretor Joel Schumacher (responsável por bons filmes como Um Dia de Fúria e Tempo de Matar, mas também pelas atrocidades Batman Eternamente e Batman & Robin) lançou Os Garotos Perdidos (1987), uma produção da Warner Bros que aproveitava o sucesso que os atores adolescentes Corey Haim e Corey Feldman vinham fazendo. Foi também um dos primeiros destaques na carreira de Kiefer Sutherland, então com 18 anos, bem antes dele tornar-se mundialmente famoso com a série 24 Horas, e do ator Jason Patric (Narc e Incógnito). O filme era bem humorado, divertido, porém cumpria sua proposta e não negava terror nos momentos em que o grupo de vampiros aparecia. Uma aventura adolescente que atualizava o tema, porém de forma respeitosa, com destaque para a excelente trilha sonora.Recentemente, duas continuações péssimas foram lançadas: Lost Boys: The Tribe (2008) e Lost Boys: The Thirst (2010), ambas com participação de Corey Feldman.







Outros filmes de sucesso lançados na década de 1980 foram Fome de Viver (1983) e Vamp – A Noite dos Vampiros (1986). O primeiro, dirigido pelo excelente Tony Scott, trazia um elenco estelar composto por David Bowie, Catherine Deneuve e Susan Sarandon, e recriava de forma mística a lenda do vampirismo, remontando-a até o antigo Egito. Visto hoje, o filme perdeu parte de sua magia e as tão faladas cenas de lesbianismo na época de seu lançamento entre Deneuve e Sarandon não são mais tão impactantes (inclusive perdem para as produções da década anterior), porém é um filme de classe e prestígio, apesar de confuso e de ter envelhecido um pouco.



Vamp, por outro lado, é uma clássica produção B cujo maior atrativo foi ter a cantora Grace Jones (então no auge de seu sucesso) como a sedutora vampira que lidera um grupo de sanguessugas. Hoje vale muito mais como curiosidade.



Também é dos anos 80 uma das melhores animações já feitas sobre o gênero. D – O Caçador de Vampiros (1985) é um desenho japonês futurista dirigido por Toyoo Ashida e Carl Macek, no qual uma garotinha solicita a ajuda de um famoso caçador de vampiros para matar um vampiro que a mordeu, na esperança de evitar que ela própria se torne um deles. O filme só foi lançado nos EUA em 1993, porém no Brasil chegou anos antes em VHS e tornou-se uma fita cult entre apreciadores do gênero. Vale observar que este desenho não tem nada a ver com a péssima série Vampire Hunter (1997), também produzida no Japão e que durou apenas 1 temporada.



Anos depois, os diretores Yoshiaki Kawajiri, Jack Fletcher e Tai Kit Mak assumiram uma tarefa dificílima: trazer de volta o caçador D e fazer um filme ainda melhor que o clássico de 1985. Indo de encontro ao pessimismo de milhares de fãs, o trio se empenhou na hercúlea tarefa e, ao contrário do que normalmente ocorre, foi tremendamente bem sucedido. Vampire Hunter D: Bloodlust (2000) foi lançado sob uma chuva de ovações tornando-se o melhor desenho sobre vampiros já feito.



A década de 1990 começou com uma produção no mínimo inusitada do gênero, Subspecies (1991). O filme foi uma baixa produção dirigida por Ted Nicolaou que apresentava um vampiro de aspecto horroroso (retomando o conceito estabelecido em Nosferatu de que vampiros têm uma aparência horrível) e maléfico chamado Radu, mas que era indubitavelmente carismático. O que deveria ser mais um longa-metragem a passar despercebido entre as centenas produzidas todos os anos, chamou a atenção por que o diretor resolveu utilizar a antiga técnica de stop motion para compor os efeitos especiais. Por mais absurdo que pareça, a empreitada garantiu certo charme à película e o público aprovou, transformando-o em um clássico dos filmes-B modernos.



O sucesso do primeiro filme deu a possibilidade de Nicolaou de dirigir mais três sequências direto para o mercado de vídeo: Bloodstone: Subspecies II (1993), Bloodlust: Subspecies III (1994) e Subspecies 4: Bloodstorm (1998). Em todos os quatro filmes, o vampiro é interpretado por Anders Hove, ator dinamarquês muito pouco conhecido nos EUA, mas que realiza um bom trabalho como a assustadora criatura. Infelizmente, nenhum dos filmes posteriores recupera a mesma magia e originalidade do primeiro, porém são ainda assim uma boa e descompromissada diversão recomendada para amantes do gênero.



Nicolaou ainda teve oportunidade de dirigir Vampire Journals (1997), um longa-metragem também feito diretamente para o mercado de vídeo, que nada tem a ver com a sua série mais famosa. Aqui, apesar do esforço do diretor em criar algo relevante e do bom roteiro que procura trazer uma ambientação no estilo Anne Rice (bem diferente do que é mostrado em Subspecies), o filme sofre com os péssimos efeitos especiais e atuações de segunda categoria, que o relegaram ao esquecimento. Ainda assim, deve ser assistido sem receio por fãs de Nicolaou.



O ano seguinte trouxe os vampiros de volta ao primeiro panteão de Hollywood com uma produção milionária que marcou época. Bram Stoker’s Drácula (1992) foi dirigido por Francis Ford Coppola (seguramente um dos maiores diretores da história do cinema) e trazia um elenco de astros e estrelas que incluía Gary Oldman (no papel do Conde), Anthony Hopkins (Van Helsing), Winona Ryder (Mina) e Keanu Reeves (Jonathan). O filme custou em torno de 40 milhões de dólares – o mais caro já produzido até então – e rendeu mais de 215 milhões em todo o mundo. Apesar de momentos de puro horror, muita nudez e sensualidade, e violência, a sensibilidade com que Coppola levou a história de Stoker para as telas lembrou a todos que nas entrelinhas, Drácula ainda era a busca de um homem por sua amada – e, portanto, um romance. O público feminino se encantou com a atuação de Oldman e o filme o catapultou definitivamente para o primeiro time de astros de Hollywood.



Naquele mesmo ano estreava o longa metragem Buffy: A Caça-Vampiros (1992), escrito por Joss Whedon e com Kristy Swanson no papel principal. O filme tem o apoio de bons coadjuvantes como Donald Sutherland, Rutger Hauer, Luke Perry e a curiosa presença de Hilary Swank com começo de carreira, porém seu principal mérito foi pavimentar o caminho para a grande série de sucesso Buffy: A Caça-Vampiros (1997-2003). A série foi um mega sucesso que lançou a carreira da atriz Sarah Michelle Gellar, que substituiu Swanson numa bela e humilde jogada de Whedon, que percebeu que um dos principais problemas de seu filme anterior era justamente a escolha da atriz principal. A série ainda rendeu um excelente spin-off, o seriado Angel (199-2004), com David Boreanaz e Charisma Carpenter.







Em 1993, o hoje cultuado diretor Guillermo Del Toro lançou seu primeiro longa-metragem (até então ele só havia feito curtas e séries de TV), Cronos (1993). O filme deu início à parceria com o ator Ron Perlman, com quem o diretor voltaria a trabalhar em diversas ocasiões, e chamou atenção ao apresentar uma visão completamente diferente do vampirismo, ligando a lenda à existência de um antigo artefato criado por um alquimista na idade média. O filme foi um fracasso de bilheteria, mal tendo conseguido pagar seus custos de produção, porém é visto hoje com bastante curiosidade pelos fãs do diretor. Os elementos que viriam a tornar Del Toro famoso e singular já estavam presentes desde este seu trabalho preliminar, que merece ser conhecido.

Outro injusto fracasso de bilheteria é o filme Nadja (1994), dirigido por Michael Almereyda e lançado com a benção de David Lynch, que apesar de não ter envolvimento direto na produção (a não ser por uma ponta como recepcionista do necrotério), tentou usar seu nome para tornar o filme um sucesso e assumiu a função de produtor executivo. Não funcionou. O público não aprovou a história moderna (e maluca) de uma família de vampiros disfuncional que tenta estabelecer uma boa relação entre seus membros para poder sobreviver. A Nadja do título é uma vampira romena que mora em Nova York, que vive em bares na noite caçando suas vítimas. A criatura é interpretada com muito pouco destaque por Elina Löwensohn, talvez um dos motivos que tenha levado o filme a naufragar. A história é bastante truncada e envolve vários personagens (todos bizarros), porém cabe uma menção ao desempenho competente e original de Peter Fonda como Van Helsing. Trata-se de um desconhecido longa-metragem, porém muito bom, que irá agradar aos fãs que curtem filmes no “estilo Lynch”.




O conhecido diretor Neil Jordan, autor de obras primas como Traídos Pelo Desejo e A Companhia dos Lobos, resolveu levar para as telas o romance mais conhecido da escritora Anne Rice. Sob uma chuva negativa de críticas (incluindo da própria, que achava o elenco escalado completamente inadequado), Jordan lançou Entrevista Com o Vampiro (1994), que acabou tornando-se um mega-sucesso mundial. O filme trazia Tom Cruise disposto a levar ao extremo o papel do vampiro Lestat e apagar a imagem de bom moço que todos tinham dele, numa parceria com Brad Pitt (Louis), então em ascensão para tornar-se o novo grande astro de Hollywood. De quebra, contava com a forte performance de Antonio Banderas (recém chegado aos EUA), uma ponta de Christian Slater, e ainda lançou a carreira de Kirsten Dunst. A excelente película calou a boca de (quase) todos seus detratores e provou de vez que vampiros eram de fato grandes imas para atrair bilheterias gordas.



No mesmo ano, a Marvel Comics deu início a trilogia Blade, com Wesley Snipes no papel principal. Blade é um personagem secundário da linha de terror da editora que chegou até mesmo a gozar de um sucesso mediano nos anos 70, época em que fazia par constante com o Homem-Aranha. Despretensiosamente, em parceria com a New Line Cinema, a Marvel Enterprises lançou Blade (1998) sob o comando do especialista em efeitos especiais Stephen Norrington, que queria se firmar como diretor. O filme (muito bom) acabou sendo uma grata surpresa e seu sucesso em todo o mundo não só garantiu que a franquia se tornasse uma trilogia, como também abriu caminho para que a Marvel iniciasse seu império nos cinemas, tanto com filmes próprios, quanto lançados por outros estúdios.




A continuação Blade II (2002) foi dirigida por Guillermo del Toro e é considerada o melhor exemplar da série. Na trama, o herói precisa se aliar aos vampiros para combater uma nova e perigosíssima raça que se alimenta dos próprios vampiros. Infelizmente, o terceiro exemplar da série fechou muito mal a franquia. Blade: Trinity (2004) foi dirigido por David S. Goyer e, apesar de contar com as cativantes presenças de Jessica Biel como Abigail Whistler e de Dominic Purcell no papel de Drake (na verdade o próprio Drácula), o filme literalmente naufraga.

O personagem ainda ganhou uma sobrevida com a malfadada tentativa de lançar uma série de TV. Blade: A Série (2006) trazia Sticky Fingaz no papel principal e uma lista de coadjuvantes sem relevância. Fingaz não tem 1/10 do carisma de Snipes e a série (bastante fraca) não motivou o público, sendo cancelada após 12 episódios.




A virada do milênio trouxe uma reinvenção da lenda que poderia ter sido positiva, porém acabou se revelando apenas uma sucessão de equívocos. Incrivelmente, a produção ganhou alguns fãs e acabou tornando-se uma trilogia. Drácula 2000 (2000) foi dirigido por Patrick Lussier (que anos depois faria a boa refilmagem Dia dos Namorados Macabro) e trazia um bom elenco apoiado em Christopher Plummer (Van Helsing) e um ainda desconhecido Gerard Butler como Drácula, além da presença de vários astros de séries de TV como Jeri Ryan, Omar Epps, Jonnhy Lee Miller e Jennifer Esposito, porém o fraco roteiro e direção não se sustentam. Na história, dois ladrões acordam inadvertidamente o Conde, que decide ir atrás da filha de Van Helsin, Mary (Justine Wadell).



Lussier dirigiu as duas sequências com o apoio de Wes Craven como produtor executivo, porém com orçamento baixo, elenco de segunda (cujo principal destaque é Jason Scott Lee) e diretamente para o mercado de vídeo. Drácula II: Ascenção (2003) e Drácula III: Legado (2005) fazem menção aos eventos do filme anterior, porém criam toda uma nova mitologia para a história, funcionando mais como produtos independentes.



2000 também foi o ano de lançamento de um interessante filme feito para a televisão que tinha a intenção de contar a verdadeira história do Conde Vlad, o Impalador. Dark Prince: The True Story of Dracula (2000) recebeu boas críticas e tinha até mesmo as presenças ilustres de Peter Weller e do roqueiro Roger Daltrey no elenco, porém sofreu um pouco com a falta de carisma de Rudolf Martin no papel principal. Ainda assim, é uma boa dica.

O vampiro Lestat voltou às telas na produção A Rainha dos Condenados (2002), que tinha a intenção de transpor de forma mais fiel para o cinema o universo da escritora Anne Rice. O filme, apesar de ser defendido por um pequeno nicho que afirma que ele cumpre sua proposta, sofreu com a péssima direção, ausência de astros e tremenda inadequação da escolha do protagonista, Stuart Townsend, que passa longe do trabalho excepcional que Tom Cruise desenvolveu com seu Lestat. O resultado foi uma bilheteria morna, que por pouco conseguiu pagar o investimento de 35 milhões. Uma nota triste foi a morte prematura da cantora Aaliyah, que fez o papel da vampira Akasha e pretendia lançar sua carreira como atriz.




No mesmo ano o Canadá lançou uma pequena obra prima desconhecida da maior parte do grande público. Dracula: Pages from a Virgin’s Diary (2002) é um balé que reconta o grande romance de Stoker, dirigido por Guy Maddin (especialista em curtas e documentários) e criado em estilo expressionista. O filme (mudo, exceto pela bela trilha sonora) conta com coreografias impressionantes e embora seja uma gravação, deixa transparecer uma energia que dá a impressão de se estar assistindo uma peça ao vivo. Definitivamente não é para qualquer pessoa (os que não são fãs de dança irão torcer o nariz), mas dou minha recomendação máxima como uma das encenações mais belas da famosa história do Conde.


O ano seguinte trouxe de volta as batalhas entre vampiros e lobisomens. Anjos da Noite (2003) revelou a beleza e o talento da atriz Kate Beckinsale, satisfez os fanáticos por roupas justas de couro, e fez quase 100 milhões de dólares em bilheteria em todo o mundo (nada mal para um filme cujo orçamento era de 22 milhões). O sucesso desencadeou duas sequências, Anjos da Noite: Evolução (2006), que concluía a história iniciada no primeiro longa e Anjos da Noite: A Rebelião (2009), narrando eventos passados séculos antes dos filmes anteriores, com a bela Rhona Mitra no papel de Sonja e Michael Sheen como Lucian.







The Hamiltons (2006) foi outra boa surpresa do gênero. O filme mostra a rotina de uma família recém mudada para um pequena cidade, que tem que lidar com a perda de seus pais. David, o filho mais velho, tenta tomar conta de seus irmãos e suprir suas necessidades, porém há mais por trás dessa família do que dizem os olhos. O longa traz um elenco de jovens desconhecidos, bonitos e talentosos, e apesar de oscilar entre drama e suspense, cumpre com as expectativas e segura a onda até o final.
No mesmo ano, uma produção sueca conquistou alguns fãs, a comédia de horror Frostbiten (2006), na qual um médico sintetiza uma droga que transforma as pessoas em vampiros. As coisas saem do controle quando muitas pessoas começam a bebê-la.
Uma besteirada despretensiosa, mas deliciosa de ser vista é Gothic Vampires from Hell (2007), filme feito para o mercado de vídeo. Efeitos sofríveis, atuações péssimas, mortes mal feitas e sangue com cor de groselha barata, mas que irá agradar os fãs de mulheres roqueiras. Destaque para a bela Gina DeVettori, a única que realmente tem algum carisma. Outro telefilme feito sobre o gênero no mesmo ano é Revamped (2007), no qual um executivo se torna um vampiro. Apesar de ser uma grande porcaria, Tane McClure e Christa Campbell estão arrasadoras no papel de Lilith e Lexa.
A famosa HQ de Steven Niles chegou as telas naquele mesmo ano, com roteiro do próprio. 30 Dias de Noite (2007) tinha um elenco de primeira com Josh Harnett, Melissa George (que tem se especializado em filmes de terror, ela também atuou em Cidade das Sombras, Horror em Amityville, Waz, Turistas e Triângulo) e Danny Huston. O filme, dirigido por David Slade, não foi uma unanimidade, porém com o tempo conquistou cada vez mais fãs e hoje costuma ser aceito como uma boa adaptação e filme de horror eficiente. Teve uma continuação execrável feita diretamente para o mercado de vídeo, 30 Dias de Noite 2: Dias Sombrios (2010), com a bonitinha, porém insípida Kiele Sanchez substituindo Melissa no papel de Stella.

O ano seguinte trouxe uma das melhores produções já feitas na história, Deixe Ela Entrar (2008), baseado no livro de John Ajvide Lindqvist (que também escreveu o roteiro). Muito mais que um filme de terror, trata-se de uma história existencialista sobre a perda da inocência, as agruras da vida e a necessidade que o ser humano tem de se relecionar com alguém. O filme trata de temas como bulling, homossexualismo, rejeição e mostra de forma crua e realista as dificuldades que a sociedade impõe a pessoas que são diferentes e não se enquadram no quadro social. Uma obra de arte irretocável que teve uma refilmagem norte-americana também muito boa, Deixe-me Entrar (2010).
O gênero não dá sinais de perder o fôlego, principalmente após a chegada de uma certa série adolescente baseada em livros toscos, porém de extremo sucesso. Contudo, para quem busca originalidade, um bom roteiro, atuações impecáveis, o melhor mesmo é conferir 2019: O Ano da Extinção (2009), longa-metragem escrito e dirigido por Peter e Michael Spierig. Eu sei, eu sei, com esse horroroso título brasileiro (o nome original é Daybreakers) mal dá coragem de chegar pero do DVD, porém este filme é uma grata surpresa. Com um elenco de primeira, Ethan Hawke, Willem Dafoe, Sam Neill e Claudia Karvan, a película conta a história de uma sociedade alternativa futurista em que os vampiros dominaram o mundo e os humanos estão quase extintos – e com eles, toda a comida da nova casta dominante. Uma excelente metáfora para assuntos como preconceito e sustentabilidade, além de ser uma crítica feroz a grandes corporações, este é mais um dos muitos filmes citados neste artigo que merece ser conhecido.
A onda de vampiros varreu novamente a televisão e fez nascer duas séries de bastante sucesso, True Blood (2008-2011), produzida pela HBO e com a presença de Anna Paquin no papel principal, e Vampire Diaries (2009-2011).

Bem, se seu filme favorito não está aqui, minhas sinceras desculpas. Mas tenho a ciência que pelo menos meia dúzia de dicas legais você conseguirá extrair. E como indicação final fica o documentário 100 Years of Horror: Dracula and His Disciples (1996), no qual você poderá assistir a entrevistas com um monte de gente que citei aqui.
Bjoss gente,e espero que gostem!